Os prejuízos financeiros, avaliados em 21 por cento do total da receita, fazem com que a empresa não consiga cumprir na efectividade todas as suas obrigações.
De acordo com Lourenço Albino, administrador para a área de Projectos na EMTPM, a redução nas receitas está a ter implicações na aquisição de combustíveis, peças para a manutenção de autocarros bem como no pagamento de outras despesas administrativas.
Lourenço Albino disse que o problema de congestionamento na via pública não só se faz sentir sobre as receitas, mas também sobre todos os outros aspectos relacionados com a operatividade da empresa. “Os congestionamentos reduzem a média diária de trajectos por carreira. Este facto influencia a redução da distância percorrida e consequentemente o número de viagens por carreira e de passageiros transportados”, afirmou Albino.
Em termos percentuais, a distância percorrida reduziu em 40 por cento, o número de viagens por carreira baixou para 32 por cento e o número de passageiros transportados caiu para 38 por cento.
A fonte afirmou que a companhia já identificou uma solução que pode ser implementada a curto prazo e sem necessitar de grandes investimentos financeiros.
“Uma das soluções para o problema passa pela introdução de faixas dedicadas aos transportes públicos, o que poderia contribuir para a redução do tempo que os autocarros levam a ligar dois terminais.
No entanto, apesar desse constrangimento a empresa afirma estar a registar melhorias noutros aspectos, nomeadamente na redução do tempo de espera nas paragens intermediárias, passando de 45 para 25 minutos. Isto fica a dever-se à abertura de novas linhas de exploração entre as cidades de Maputo, Matola e os distritos de Boane, Manhiça e Marracuene, ambos na província de Maputo.
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