Moscas, fumaça a qualquer hora do dia, inalação de lixo hospitalar incinerado ao ar livre são os grandes constrangimentos por que passam dezenas de famílias que vivem nas imediações da lixeira que em Mahlampswene, município da Matola, que cresce a olhos vivos.
Os moradores já não têm dúvidas de que o fenómeno de Hulene está a ser reeditado na Matola, pois fala-se até de casos em que o lixo da cidade de Maputo também é lá depositado, uma vez que Hulene já está saturado.
Soubemos no local que tudo começa num local que em tempos funcionou como areeiro, actividade que de um momento para o outro foi suspensa, uma vez que o lixo ia tomando espaço.
Mesmo com a pressão feita por diversas vias para a solução do problema, para a infelicidade dos residentes, nada vislumbra senão o sofrimento de ter que lidar com insectos, fumo e mau cheiro noite e dia.
Entre os lesados estão também os que trabalham à volta, desde vendedores de areia, estaleiros de material de construção e a fábrica de mexas, esta última a juntar muitas pessoas de uma só vez. Esta fábrica, segundo soubemos no local, foi muitas vezes obrigada a providenciar maquinaria para se livrar do lixo, que chega a barrar a entrada daquele empreendimento.
Jornal Notícias