Trata-se de um projecto de desenvolvimento do sistema de transportes a curto, médio e longo prazos. O plano, que será coordenado pelos municípios de Maputo e da Matola e os distritos de Boane e Marracuene, na província de Maputo, tem um horizonte temporal definido até 2035, mas há questões de curto prazo que vão merecer particular atenção, entre elas a melhoria da mobilidade, a gestão do tráfego, o transporte público e a organização da coordenação ao nível da área metropolitana.
A apresentação do “Plano de Mobilidade e Transportes na Área Metropolitana de Maputo”, como ficou designado, visa esclarecer aos munícipes e a sociedade, em geral, que a edilidade e os seus parceiros estão a procurar soluções sustentáveis para resolver, de forma definitiva, o problema de mobilidade e transporte em toda a área metropolitana.
João Matlombe, vereador de Transportes e Trânsito no município de Maputo, considerou que a aquisição de autocarros, embora necessária, neste momento, não está a resolver o problema. “Nós queremos quebrar um pouco este paradigma, porque as soluções que o plano avança têm a ver com a construção de corredores exclusivos para o transporte público e uma linha de Metro de superfície que liga as cidades de Maputo e Matola”, afirmou.
Acrescentou que a implementação dos corredores exclusivos será a primeira fase deste plano e, para tal, já existe financiamento para a sua construção, bem como para a aquisição de autocarros.
Mesmo sem indicar datas para o início da execução do plano, Matlombe garantiu que as partes estão a trabalhar para fechar o financiamento em relação ao Metro de superfície que vai ligar Maputo e Matola.
De acordo com o vereador, o plano aponta também para a aquisição de autocarros apropriados, diferentes dos actuais, com todo o sistema de bilhete electrónico para facilitar a cobrança e minimizar as enchentes nas paragens, já que os bilhetes são adquiridos antes.
Matlombe anunciou, igualmente, que já há um projecto conceptual que foi aprovado pelo Conselho Municipal, com financiamento externo e que conta com o apoio do Governo central, que vai viabilizar a sua implementação. “São estas soluções que nós queremos partilhar com os munícipes e mostrar-lhes também como é que queremos resolver o problema de estacionamento e de congestionamento na cidade”, realçou.
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