Sociedade Educação Governo vai adquirir 885 mil carteiras escolares para todo o país

Governo vai adquirir 885 mil carteiras escolares para todo o país

O Ministério da Educação (MINED) disponibilizou 150 milhões de meticais (cerca de cinco milhões de dólares) para a aquisição de 885 mil carteiras para apetrechar 35.404 salas de aulas, a maioria das quais do ensino primário, em Moçambique.

Eurico Banze, porta-voz do MINED, ao revelar este facto disse tratar-se de uma iniciativa que visa proporcionar comodidade aos alunos e melhorar a qualidade do ensino em Moçambique.

Citado na última edição do pelo jornal semanal do governo “Moçambique”, Banze disse que no presente ano foram adquiridas 17.775 carteiras que estão a ser distribuídas a nível nacional, tendo em conta a complexidade da rede escolar.

“O esforço que se tem feito para a aquisição de carteiras exige colaboração de todos, (professores, alunos, pais e encarregados de educação e a comunidade) na conservação das mesmas”, disse Banze, falando na conferência sobre supervisão escolar integrada.
Explicou que a supervisão escolar integrada acontece num momento em que decorrem esforços para a construção de infra-estruturas escolares, bem como a redução significativa de alunos que estudam sentados no chão.

“A supervisão escolar visa apoiar as direcções provinciais de educação e cultura (DPEC), serviços distritais de educação, juventude e tecnologias (SDEJT) e escolas em matéria de organização e funcionamento, com vista a melhorar o processo de ensino e aprendizagem”, disse.

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O processo de supervisão integrada será chefiado pelo ministro da Educação, vice – ministros e directores das unidades orgânicas que irão escalar todas as províncias, distritos e instituições de ensino geral técnico, formação de professores e de alfabetização de adultos.

O MINED também está a transferir fundos para todas as províncias no âmbito da melhoria da qualidade de ensino, para a conclusão de todas as obras, com um grau de execução igual ou superior a metade, abandonadas por empreiteiros desonestos.

A medida tem vista reduzir o número de alunos que estudam ao relento em várias escolas moçambicanas.

O director provincial de Educação e Cultura de Sofala, Pedro Mbiza, confirmou que estes problemas estão a ser resolvidos gradualmente pelas autoridades de tutela a nível central.

Mbiza apontou que para o caso da província de Sofala, foram abandonadas 61 salas de aula, 13 blocos administrativos, 29 casas para professores e 129 latrinas e, destes casos, 35 foram encaminhados ao Ministério Público, ainda no ano passado, sendo 32 de nível distrital e os restantes três de nível provincial.

O director revelou que a província de Sofala no âmbito do Programa Acelerado de Construção de Infra-estruturas Escolares (FASE) prevê construir no presente ano 75 salas de aula, 15 blocos administrativos, 4 sanitários e 110 latrinas.

RM