Sociedade Governo introduz passe e bilhete electrónicos nos transportes públicos

Governo introduz passe e bilhete electrónicos nos transportes públicos

O Governo moçambicano, através do Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC), acaba de introduzir o uso de passe e bilhete electrónicos como meio de pagamento no sistema de transporte público de passageiros nas careiras das cidades de Maputo e Matola, e vila de Boane.

Simão Mataruca, director do Fundo de Desenvolvimento dos Transportes e Comunicações (FDTC), ao anunciar o facto hoje em Maputo, disse que a iniciativa tem como objectivo permitir o controlo estatístico dos passageiros embarcados para que o Estado possa providenciar subsídio justo ao transportador.

A realização desta iniciativa gerida pelo FDTC foi introduzida pela empresa Plataforma Multiservicos, através de um contrato em regime de concessão, que para o efeito esta a investir cerca de 8.7 milhões de dólares americanos.

A tarifa cobrada nos transportes públicos de passageiros e considerada baixa e não pode ser agravada para não penalizar o utente confrontado com um fraco poder de compra, e com este sistema electrónico o Estado passara a deter o controlo exacto dos passageiros transportados para poder pagar uma compensação justa ao transportado.

“Pretende-se com esta iniciativa, que foi introduzida em Abril passado na Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo (EMTPM), que se tenciona que seja alargada ao sector privado dentro de um horizonte temporal de um ano e meio, incentivar os transportadores a investirem mais na compra de meios circulantes”, disse Mataruca.

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O passe electrónico custa 158 meticais sendo recarregável posteriormente por um valor mínimo de 50 meticais, podendo durar cinco anos. O bilhete electrónico custa 12 meticais sendo recarregável por um mínimo de 30 meticais, podendo durar mais de dois anos, dependendo da conservação.

Estes meios de pagamento baptizados com o nome “MBORALA”, segundo Mataruca, trazem muitas vantagens como e o caso de permitir o conhecimento sobre quantas pessoas embarcaram, evita circulação de dinheiro nos autocarros, facilita a planificação de despesas, não requer troco.

O serviço esta disponível em todas as carreiras da EMTPM e em breve será estendido as careiras urbanas e a outros meios de transporte, em todas as capitais provinciais. Trata-se de um serviço que será assegurado por lojas especializadas a nível nacional e uma rede de agentes a funcionarem junto das paragens dos autocarros.

Maria Iolanda Wane, Presente do Conselho de Administração (PCA) da EMTPM, disse que para a operacionalização desta iniciativa foram formados 375 trabalhadores entre cobradores, fiscais e recebedores a quem foram distribuídas, pela empresa encarregue pelo sistema, máquinas electrónicas usadas durante o trabalho.

Segundo Wane, na primeira fase deste sistema, que abrangeu apenas estudantes, foi possível constatar que, para além de automatizar os registos, reduziu os assaltos aos cobradores, melhora o relacionamento com o passageiro e evita a circulação de valores monetários nos autocarros.

RM