Sociedade Meio Ambiente Zambézia – Uso de gás reduz pressão sobre florestas

Zambézia – Uso de gás reduz pressão sobre florestas

Este facto poderá reduzir o esforço sobre o meio ambiente, principalmente no abate indiscriminado de árvores para transformar em combustível lenhoso de forma a resolver problemas de acesso à energia.

O presidente do Conselho de Administração da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Abdul Carimo, disse esta semana na cidade de Mocuba, Zambézia, que o objectivo central da VidaGás, empresa que está a promover o produto, é fornecer energia de qualidade que não cause danos à natureza, pelo que orientou os seus gestores a trabalharem na mobilização da população para massificar o uso do gás.

De acordo ainda com aquele responsável da FDC, as indústrias mineiras, hoteleiras e unidades sanitárias poderão tirar múltiplas vantagens com o uso do gás, poupando muitos recursos financeiros com a energia eléctrica.

Abdul Carimo disse que, a partir deste ano até 2021, serão colocados aos consumidores da província da Zambézia, de modo geral, e de Mocuba, em particular, 997 mil toneladas de gás. Carimo, que falava após a inauguração da Estação de Enchimento de Gás de Mocuba, afirmou também que o preço ao consumidor é acessível, sendo que este é de 375 meticais a botija de cinco quilogramas.

Os governos distrital, municipal e a população de Mocuba louvaram a intenção de levar a energia limpa e renovável para o seu consumo. O administrador de Mocuba, Teresa Mauaio, disse que o acesso a gás por parte da população do distrito que dirige poderá elevar a qualidade de vida, reduzindo-se drasticamente a “agressão” à natureza, nomeadamente através do abate indiscriminado de árvores para a obtenção da lenha e carvão vendidos em todos os mercados e estradas de entrada e saída da cidade de Mocuba.

Zambézia - Uso de gás reduz pressão sobre florestas

O vereador do Desporto e Recreação no município de Mocuba, Fiel Chiambe, considerou que o projecto vai mudar a vida dos munícipes no acesso às fontes de energia. De acordo com aquele autarca, os munícipes passarão a gastar menos dinheiro com o transporte, podendo adquirir o gás localmente, sem precisar de ir a Quelimane.

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A Estacão de Enchimento de Gás de Mocuba foi construída com fundos desembolsados pela Embaixada da Noruega no valor de 700 mil dólares norte-americanos.

O projecto de enchimento de gás de Mocuba pertence à Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) e será gerido pela empresa VidaGás, que passará a abastecer aquele recurso energético ao mercado provincial em 40 toneladas por mês.

A VidaGás é uma empresa criada pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, organização que no início das suas actividades era meramente social, mas hoje luta para se afirmar no mercado. Aquele empreendimento tem a capacidade instalada de 2500 botijas de gás e, presentemente, está a abastecer 300 toneladas ao Programa Alargado de Vacinação para conservação das vacinas.

Por sua vez, os munícipes de Mocuba estão satisfeitos com a construção daquela estação que passará a prestar o serviço de fornecimento de gás.

Emília Amorane é munícipe da cidade de Mocuba que afirma que deixará de gastar dinheiro com o transporte até Quelimane, podendo, a partir desta semana, adquirir o produto no mercado local. “Também era um risco transportar gás na viatura porque poderia causar acidente grave”, acrescentou aquela munícipe, para quem o grande desejo dos residentes locais é que o negócio seja somente feito pela empresa para não haver constantes rupturas.

Miguel Benjamin também defende a manutenção do “stock” do produto. “O grande problema será habituar-nos ao produto para, entretanto, num espaço de três meses, dizerem-nos que já não há mais gás”, observou.

Jornal Noticias