Sociedade Meio Ambiente Beira: Concluída barreira de protecção costeira

Beira: Concluída barreira de protecção costeira

A obra, avaliada em 3250 mil dólares norte-americanos financiados pela Agência de Cooperação Suíça, contempla ainda a concretização de três exporões de alta dimensão, visando essencialmente contribuir na redução do impacto ambiental da erosão costeira.

Tal problema ambiental já deitou abaixo algumas construções de alvenaria ao longo da zona marítima da Beira mormente nos periféricos bairros de Ponta-Gêa, Macúti e Estoril.

Com efeito, segundo estudos recomendados pelos consultores portugueses da firma CONSUMAR, para a protecção costeira daquela urbe estão a ser aplicados nestas obras pedregulhos trazidos directamente de Monte Siluvo, em Nhamatanda, para permitir que haja filtração de areia a ser depositada ao longo da margem marítima deste Oceano Índico.

Beira: Concluída barreira de protecção costeira

Numa avaliação preliminar do projecto, o vereador da área de Construção e Urbanização do Conselho Municipal da Beira, Albano Carrige, emitiu parecer favorável ao afirmar que, efectivamente, ao longo da costa marítima da capital provincial de Sofala já é visível a acumulação de areia, o que anteriormente era praticamente impensável.

Depois desta primeira fase do projecto que arrancou em Fevereiro passado com o término previsto para Junho próximo, o período subsequente que ligará entre Praia Nova e Estoril, está ainda dependente da mobilização de fundos estimados em 600 milhões de dólares norte-americanos.

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Dados disponíveis indicam que para uma protecção integral dos cerca de 40 km de toda a costa marítima da Beira são necessários entre 40 e 45 exporões e com uma muralha de dois quilómetros, ambos avaliados em mais de 700 milhões de dólares. Assim, conforme apurámos junto daquela fonte, o edil da Beira, Daviz Simango, está envolvido nos últimos dias em aturadas negociações para a aquisição de financiamentos junto de alguns parceiros de cooperação estrangeira, sobretudo provenientes da Europa.

Ambientalistas, entretanto, vaticinam mesmo algum cepticismo ao afirmar que caso não haja medidas urgentes para travar a progressiva erosão costeira da Beira, as mudanças climáticas vão ter um impacto devastador na urbe, correndo inclusivamente a região o risco de desaparecer do mapa nos próximos 100 anos. Em face disso, funciona no município da Beira um sector específico para a mitigação destes efeitos, no âmbito de cooperação bilateral entre Moçambique e Alemanha.

Jornal Noticias