Exceptuando a Petromoc, as restantes empresas vocacionadas à comercialização de combustíveis para alimentação de veículos motorizados e outros equipamentos demonstram algumas dificuldades para garantir a gestão dos stocks, segundo o porta-voz da Direcção Provincial dos Recursos Minerais e Energia, Fila Lázaro.
No último fim-de-semana prolongado, por exemplo, as bombas da cidade de Nacala estiveram todas elas sem gasolina, porque ouve problemas de reposição de stocks.
Segundo a fonte que chefia o Departamento de Inspecção na Direcção Provincial de Recursos Minerais e Energia em Nampula, as gasolineiras operam de uma forma que concorre para a desestabilização do mercado de combustíveis que se caracteriza pela constância na ruptura de gasóleo e gasolina nas bombas.
“Existe um mecanismo de requisição de combustíveis junto à terminal do Porto de Nacala que as gasolineiras devem obedecer sempre que constatarem que os stocks nos respectivos depósitos estão em vias de esgotar. No entanto, tudo mostra que as gasolineiras não recorrem a tal dispositivo, o que nos faz acreditar, como instituição de tutela, que estes enfrentam dificuldades organizacional ou de ordem financeira para cumprir com o seu papel”, sustentou Fila Lázaro.
O mecanismo de solicitação de combustíveis pelos gestores das gasolineiras junto ao terminal baseia-se em regras claras com anos de vigência, onde o operador é obrigado a fazer depósito de uma caução.
Deste modo perpetuam as facilidades de continuar a fazer o reabastecimento e de garantir o fornecimento de combustíveis no mercado, segundo explicou a fonte.
Dados em poder da nossa Reportagem elucidam que as necessidades de gasóleo e gasolina na província de Nampula rondam os 134.200 metros cúbicos. No entanto, as quantidades do produto colocado à disposição dos potenciais utilizadores no mercado são de cerca de 99.223 metros cúbicos, conforme estatísticas relativas ao ano findo.
Aqueles dados foram apurados com base no levantamento efectuado em todas as gasolineiras que operam no mercado de Nampula e constam do plano de negócio relativamente do ano transacto, visando fazer face à demanda que ficou a cerca de 35 mil metros cúbicos de combustíveis.
Nos últimos tempos as longas filas de viaturas junto à algumas gasolineiras viraram o quotidiano da cidade de Nampula.