O esquema verifica-se mais na batata e cebola e consiste em desselar o saco de 10 quilogramas, retirar parte do produto e voltar a fechar a embalagem como se nunca tivesse sido mexido.
A Administração do Mercado Grossista do Zimpeto, por exemplo, já está atenta ao fenómeno e de forma esporádica verifica o peso declarado. Não raras vezes, depara-se com situações de sacos de batata e/ou de cebola que pesam oito ou nove quilogramas, contrariamente aos 10 previstos.
Nesse sentido, sempre que se constate a ocorrência desta prática que lesa os consumidores, todos nela envolvidos, incluindo o proprietário da mercadoria, caso faça parte da rede, são imediatamente conduzidos às celas da Polícia Municipal, que tem um posto no recinto daquela infra-estrutura social.
Em caso de reincidência, a força local encaminha-os à Esquadra da Polícia da República de Moçambique mais próxima para tratamento criminal do processo.
Embora nalgumas vezes estes esquemas envolvam os donos das mercadorias, na maior parte das vezes são protagonizados por intermediários ou angariadores de clientes, vulgarmente conhecidos por “gay gay”.
É comum o proprietário confiar aos “gay gay” a comercialização dos seus produtos, o que concorre para, na sua ausência, fiquem a enveredar por aqueles esquemas de diminuição das quantidades nos sacos.
Moisés Covane, administrador do Mercado Grossista do Zimpeto, disse recentemente ao nosso Jornal que estes actos fraudulentos vêm acontecendo há já algum tempo, mas já estão a ser combatidos.
Para combater o fenómeno, as administrações dos mercados de Maputo adquiriram balanças-modelo, que qualquer vendedor pode solicitar em caso de desconfiar do peso do produto.
Como forma de minimizar a prática, o Conselho Municipal realiza, embora não com regularidade, durante o ano, campanhas de verificação dos instrumentos de medição, mas mesmo assim situações daquele género repetem-se.