A questão, que levantou acesos debates com um grupo a defender a sua remoção sob a alegação de que tais mangais impediriam a circulação normal da água do mar e outro a sua manutenção, deixou tanto as estruturas municipais, como os autores de estudo perplexos, pois este assunto não vinha contido no estudo.
A directora de ambiente em Sofala, Ermelinda Xavier, que começou por falar da necessidade de manutenção dos mangais, implorou aos futuros intervenientes das obras cujo arranque está previsto para Outubro próximo para que revejam os seus estudos e mantenham o mangal.
O líder da equipa da Consulting Engineers (CES), organismo que conduziu o estudo de viabilização do canal do Chiveve, Michael Simon, disse que tudo vai ser feito no sentido de agradar as duas partes. Referiu que a parte ambiental é muito importante para qualquer projecto que se pretende sério.
O canal de Chiveve, que compreende oito quilómetros de comprimento, poderá ver as suas margens alargadas para permitir uma navegabilidade virada para o turismo. Prevê-se que se construam paredes ao longo das margens e ainda comportas para permitir a retenção das águas.
Michael Simon disse, por outro lado, que pela maneira como o projecto está desenhado, o mangal poderia atrapalhar as obras. “Mas podemos ver o que se pode fazer”-sugeriu.
O edil da Beira, Daviz Simango, que se manifestou favorável ao posicionamento dos ambientalistas, também disse esperar um final feliz em que nenhuma parte saia a perder “ porque a questão ambiental deve estar presente em tudo o que for a ser executado”.
O projecto de reabilitação do Chiveve vai custar 13 milhões de dólares americanos a serem desembolsados pelo banco alemão denominado KFW.