Os primeiros 60 agregados receberam os títulos de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra na quinta-feira e a orientação deixada pelo presidente do município de Maputo, David Simango, foi de que por estes dias já aqueles deveriam conhecer os respectivos talhões e imediatamente se instalarem neles.
À cada família por reassentar é entregue um “kit de instalação” composto por uma tenda, 12 chapas de zinco, dez sacos de cimento, dois colchões, duas mantas e comida correspondente a trinta dias.
Falando no acto da entrega oficial dos DUAT´s, David Simango chegou mesmo a recomendar que cada agregado já com o terreno atribuído devia abandonar o centro de acomodação no qual vive dentro de cinco dias, contando a partir da quinta-feira, e começar a construir a sua casa no Zimpeto, um espaço reclamado pelo Hospital Psiquiátrico do Infulene como sendo área de oficinas de reabilitação dos doentes mentais.
Aliás, durante a cerimónia da apresentação do futuro bairro e entrega dos documentos às vítimas, um grupo de doentes mentais daquela unidade sanitária fez-se ao local, tendo as autoridades mobilizando uma força conjunta Policia Municipal e de Protecção para contê-los e permitir a continuação dos trabalhos.
Maputo chegou a ter cerca de 1200 famílias nos 12 centros de acomodação abertos logo após as chuvas, números que baixaram significativamente com o passar do tempo.
De acordo com Luís Nhaca, vereador de Planeamento Urbano e Ambiente, os técnicos haviam parcelado cerca de 200 talhões, mas posteriormente notou-se que perto de trinta são atravessados por condutas de águas do Hospital Psiquiátrico e optou-se em não atribui-los aos afectados.
Desta forma, estão disponíveis mais ou menos 170 terrenos para os afectados e até ao momento só foram entregues 60, número que vai subindo à medida que os inquéritos apurarem mais famílias que tenham perdido tudo nas chuvas de 15 de Janeiro, na cidade de Maputo.
Ao que David Simango disse na ocasião, mais talhões deverão ser disponibilizados do lado do Distrito Municipal de KaTembe, decorrendo em paralelo negociações com as autoridades de Marracuene para a concessão de parcelas com vista ao assentamento das vítimas das chuvas que se abateram sobre a capital em Janeiro.