A referida campanha foi antecedida de uma marcha, que reuniu algumas centenas de seguidores, que mais tarde se concentraram em frente da Praça da Liberdade, localizada no centro da capital provincial, Lichinga.
A iniciativa, segundo os organizadores, visa protestar contra as difíceis condições de vida por que passam os naturais e residentes de Niassa, em consequência das precárias condições de transitabilidade que oferece a principal estrada da província, EN13, que liga as cidades de Lichinga e Cuamba e, desta, ao Porto de Nacala.
A EN13, de terraplanada, é considerada uma via vital para a circulação de mercadorias entre as províncias de Niassa e Nampula, sendo que no período chuvoso o poder de compra das populações de Niassa, principalmente as que se encontram a residir na parte norte da província, reduz substancialmente, devido a factores ligados à precariedade daquela que é considerada a estrada estratégica da província mais extensa de Moçambique.
Refira-se que este protesto surge numa altura em que o governo moçambicano, através da Administração Nacional de Estradas, ANE, veio a público informar que já estão disponíveis 240 milhões de dólares norte-americanos, montante necessário para asfaltar os dois dos três lotes, nomeadamente Cuamba/Muita e Muita/Massangulo, faltando a mobilização do valor para o troço Massangulo/Lichinga cujas negociações com parceiros de cooperação, segundo as mesmas fontes, estão bem encaminhadas.
De acordo com José Domingos Chocome, presidente do FONAGNI, a referida manifestação foi financiada pela OXFAM, que prometeu àquela organização 10 mil dólares norte-americanos, dos quais cinco já foram desembolsados.