No ponto de vista do Banco Central, a inclusão financeira constitui um importante instrumento de inclusão social e de promoção económica.
Ela tem em vista expandir o acesso a produtos e serviços financeiros acessíveis e sustentáveis às populações, implicando a existência de canais de prestação de serviços e a efectiva utilização destes.
Para o Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, “ importara avaliar em sede deste tema o nosso nível de inclusão financeira, identificar os seus determinantes e discutir os principais desafios que se colocam”.
Dados oficiais divulgados em Pemba, indicam que em 2012 registou-se a entrada de 19 instituições de microcrédito, a abertura de 39 novos balcões de bancos, atingindo assim um total de 505 em funcionamento durante o ano de 2012, cobrindo todas as capitais provinciais, municípios e 63 dos 128 distritos, ou seja, mais cinco em relação a 2011.
A este propósito, embora tenha reconhecido e saudado o esforço realizado pelas instituições de crédito neste domínio, Gove disse não restarem dúvidas de que há muito por realizar, pois a demanda de serviços financeiros pela população é inadiável, impondo-se a necessidade de expansão para mais lugares do vasto território nacional, “onde as populações produzem riqueza e carecem de apoio da banca, quer para o depósito das suas poupanças, quer para o investimento”.
Demonstrando a sua preocupação face a este problema da baixa inclusão de produtos e serviços financeiros às populações, o Banco de Moçambique, no dizer do respectivo governador, no ano transacto continuou a implementar acções visando incentivar o aumento do número e a diversificação de instituições financeiras que operam no país, bem assim o alargamento e a abrangência dos serviços prestados.
É precisamente neste contexto que o Banco Central prorrogou por mais cinco anos o prazo de validade dos incentives por si instituídos, para promover a expansão da banca para as zonas rurais.
O consultivo dedicou a maior parte do tempo debruçando-se sobre matérias que disse serem estritamente internas, sessões que decorrem à porta fechada, sabendo-se, no entanto, que tudo gira à volta do balanço social do banco, o Plano Estratégico da casa, principais medidas de política e acções estruturantes realizadas em 2012 e seus resultados, como utilizar as TICs para melhorar a gestão documental na instituição, entre outras questões.
O último conselho consultivo foi realizado ano passado na cidade da Matola, em Maputo, sob o espectro de importantes desafios que o país tinha pela frente, na consolidação da estabilidade macroeconómica e do sistema financeiro, como principal escopo para o exercício económico de 2012.