Sociedade Meio Ambiente Rios continuam em alerta: Afectados começam a sair dos centros de acomodação

Rios continuam em alerta: Afectados começam a sair dos centros de acomodação

Rios continuam em alerta: Afectados começam a sair dos centros de acomodação
A primeira fase de actualização das vítimas foi feita há dias em Nicoadada, Zambézia, e revelou que, contrariamente aos pouco mais de nove mil cidadãos que vinham sendo assistidos nos centros de acomodação locais neste momento encontram­-se 5900 pessoas.

Rita Almedia, porta-voz do Conselho Técnico de Gestão de Calamidades, disse ontem ao nosso Jornal que recontagens do género serão efectuadas na totalidade dos 27 centros instalados no país, incluindo em Chihaquelane, o maior de todos.

Vários factores são apontados como estando por detrás do fenómeno, com destaque para o parcelamento e atribuição de terrenos em zonas seguras e o facto de algumas famílias terem regressado às suas residências em virtude da redução do grau da inundação. Não se exclui ainda a hipótese de outras pessoas não afectadas ou com outros rendimentos terem passado os dias no centro quando nas noites iam para as casas.

Esta hipótese é levantada pelo facto dos baixos números de afectados de Nicoadala terem sido aferidos de noite.

Em Nicoadada e Maganja da Costa precisa-se de 600 talhões, sendo 300 para cada distrito. No primeiro ponto já foram parcelados 18 e noutro 120, respectivamente. Em Chibuto o número de terrenos já delimitados subiu para 483, 54 em Guijá, de acordo com dados oficiais, que apontam ainda que no Chinde demarcou-se e entregou-se 352 talhões até ontem.

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A redução das vítimas acomodadas nos centros ocorre numa altura em que as regiões centro e norte continuam a ser fustigadas por chuvas que variam de moderadas a fortes, o que pode ainda vir a desalojar inúmeras famílias que persistem em viver nas zonas de risco de inundações.  

Dados avançados pelo Conselho Técnico de Gestão de Calamidades indicam que entre segunda-feira e ontem choveu forte na Zambézia, Sofala e numa parte da província de Nampula.
Para hoje prevê-se chuva em regime moderado a forte em Tete e litoral de Sofala e de Inhambane, de acordo com informações avançadas por Rita Almeida.

Em consequência das chuvas que se registam no território nacional, bem como noutros países da região austral de África, tais como Zâmbia e Zimbabwe, as principais bacias hidrográficas e cursos de água estão com níveis de alerta e/ou acima disso, recomendando-se a retirada de comunidades e de serviços instalados em zonas ribeirinhas.

Os rios Incomáti e Limpopo estavam acima do nível de alerta nas estações de Magude e Combomune, respectivamente, enquanto o Zambeze encontrava-se naquele cenário em Caia e Marromeu.