No global, foram desembolsados pouco mais de 50 milhões de dólares norte-americanos, sendo que o bolo maioritário coube às fábricas de Namacurra e Ulónguč, as quais estão avaliadas em 32 milhões de dólares.
Informações a que o “Noticias” teve acesso, através da administradora distrital, Deolinda Bengula, indicam que aquela unidade da indústria têxtil, deverá ser inaugurada formalmente logo que os proprietários assim o decidirem conveniente, uma vez que tudo está a postos e a fábrica já está a laborar, empregando mão-de-obra considerável.
Com efeito, Bengula disse que a fábrica está a absorver a produção algodoeira das províncias de Manica e Tete, havendo, neste momento, “stocks” suficientes de matéria-prima para laboral sem sobressaltos nos próximos tempos.
Porém, apelou para a necessidade de aumento de áreas de produção desta cultura de rendimento uma vez que o produto passará a ser escasso com a entrada, na sua fase plena, do funcionamento da fábrica, após a projectada inauguração formal.
No país estão estabelecidas pelo menos 12 fábricas de processamento de algodão caroço, incluindo a recentemente concluída, no distrito de Guro. A produção destas fábricas não tem mercado a nível interno, sendo a exportação o caminho encontrado para absorver o algodão nacional.
O Director-Geral do Instituto Nacional de Algodão de Moçambique, Norberto Mahalambe, informou, recentemente, que mais de 90 por cento da produção nacional é assegurada pelo sector familiar, envolvendo, neste momento, pelo menos 200 mil produtores. Cada quilograma deste produto custa o equivalente a 15 meticais.
Segundo a fonte, a partir de 2014, Moçambique vai deixar de importar semente de algodão que alimenta a produção do chamado ouro branco a nível nacional. Neste momento, o país importa a referida semente a partir da África do Sul, Zimbabwe e Malawi, representando enormes custos ao Orçamento do Estado, através do Instituto Nacional de Algodão de Moçambique.
Moçambique necessita de pelo menos 4.800 toneladas de semente de algodão para atender todos os subsectores do chamado ouro branco, por campanha. Até ao ano passado, a produção nacional de algodão era avaliada em 130 mil hectares, sendo os maiores produtores as províncias de Nampula, Cabo Delgado e Tete.