Sociedade Meio Ambiente Mais gente em Chihaquelane

Mais gente em Chihaquelane

Mais gente em Chihaquelane
Dados transmitidos ontem a partir do terreno dão conta que estão neste momento, naquele centro, 104 mil pessoas número que supera as cerca de 70 mil pessoas contabilizadas na semana passada. Esta situação ocorre numa altura em que a situação geral no distrito tende a melhorar porque as águas baixaram significativamente.

As autoridades preocupadas com elevada concentração de pessoas numa área muito circunscrita temem que esta situação resulte na propagação de doenças de vária ordem entre as quais a cólera que implicará esforços adicionais para a cura.

Ana Cristina, oficial do INGC, disse, a partir do local, que algumas destas pessoas estavam ao longo da estrada e outras são atraídas pelas caravanas de ajuda que, volta e meia, tem Chihaquelane como ponto de chegada.

Segundo as autoridades gestoras das calamidades, a concentração da ajuda em Chihaquelane, faz parecer que o drama atingiu apenas aquelas pessoas enquanto existem outras tantas  noutros centros abertos por causa destas cheias dentre os quais em Xai-Xai, Chilembene, Guijá, Macia e Chibuto.

Para minimizar um possível drama sanitário numa área não preparada para acolher tanta gente, as autoridades estão já a diligenciar no sentido de começar o processo de distribuição de talhões e dos kits para a construção de habitação o mais rápido possível.

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O único senão neste momento prende-se com a indisponibilidade de estacas devido ao problema das vias de acesso para o norte de Gaza. Por isso mesmo, está-se a diligenciar para que as mesmas sejam adquiridas na província de Inhambane.

Em Chihaquelane persiste o drama das latrinas. Até ontem eram contabilizadas apenas 170, algumas das quais chegaram a ser vandalizadas com a retirada das estacas e lonas que as circundavam.

O problema que prevalece neste ponto tem a ver com o facto de os populares exigirem remuneração para o seu envolvimento na construção de latrinas.

Enquanto isso, as autoridades prosseguem a distribuição de comida nos centros de acomodação abertos em resultado deste infortúnio e, onde ainda não é possível chegar devido ao mau estado das vias de acesso, recorre-se a ponte aérea.

Um total de 135 mil pessoas tinham sido assistidas pelo Programa Mundial de alimentação em Chókwè, Guijá, Chicualacuala, Chibuto, Macia e Xai-Xai.