As autoridades preocupadas com elevada concentração de pessoas numa área muito circunscrita temem que esta situação resulte na propagação de doenças de vária ordem entre as quais a cólera que implicará esforços adicionais para a cura.
Ana Cristina, oficial do INGC, disse, a partir do local, que algumas destas pessoas estavam ao longo da estrada e outras são atraídas pelas caravanas de ajuda que, volta e meia, tem Chihaquelane como ponto de chegada.
Segundo as autoridades gestoras das calamidades, a concentração da ajuda em Chihaquelane, faz parecer que o drama atingiu apenas aquelas pessoas enquanto existem outras tantas noutros centros abertos por causa destas cheias dentre os quais em Xai-Xai, Chilembene, Guijá, Macia e Chibuto.
Para minimizar um possível drama sanitário numa área não preparada para acolher tanta gente, as autoridades estão já a diligenciar no sentido de começar o processo de distribuição de talhões e dos kits para a construção de habitação o mais rápido possível.
O único senão neste momento prende-se com a indisponibilidade de estacas devido ao problema das vias de acesso para o norte de Gaza. Por isso mesmo, está-se a diligenciar para que as mesmas sejam adquiridas na província de Inhambane.
Em Chihaquelane persiste o drama das latrinas. Até ontem eram contabilizadas apenas 170, algumas das quais chegaram a ser vandalizadas com a retirada das estacas e lonas que as circundavam.
O problema que prevalece neste ponto tem a ver com o facto de os populares exigirem remuneração para o seu envolvimento na construção de latrinas.
Enquanto isso, as autoridades prosseguem a distribuição de comida nos centros de acomodação abertos em resultado deste infortúnio e, onde ainda não é possível chegar devido ao mau estado das vias de acesso, recorre-se a ponte aérea.
Um total de 135 mil pessoas tinham sido assistidas pelo Programa Mundial de alimentação em Chókwè, Guijá, Chicualacuala, Chibuto, Macia e Xai-Xai.