Sociedade Saúde 30 mil bebés de mães seropositivas nascem livres do HIV

30 mil bebés de mães seropositivas nascem livres do HIV

30 mil bebés de mães seropositivas nascem livres do HIV
Estas crianças fazem parte de um universo de 32.832 crianças submetidas ao teste de HIV depois de seis e dezoito meses de vida, tendo o resultado sido negativo em 29.367 menores e positivo em 3.465 bebés.

Estes dados foram tornados públicos por Fernando Morales, director da Fundação Elisabeth Glaser Pediatric, quando falava ontem em Maputo no lançamento do programa de estágios que serão oferecidos por esta instituição a estudantes finalistas dos cursos de Medicina, Matemática e Estatística e Educação da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).

A fundação Elisabeth Glaser Pediatric trabalha em parceria com o Ministério da Saúde na área de Prevenção da Transmissão Vertical (PTV) do HIV de mãe para o filho, incluindo o tratamento a crianças seropositivas.

Até ao ano passado, o país tratava abaixo de um quarto das crianças seropositivas elegíveis ao tratamento, ou seja de um total de 118.824 crianças que necessitavam de tratamento antiretroviral, apenas 25.597 beneficiavam, representando esta cifra uma cobertura de apenas 21.5 por cento.  

Com a inclusão de finalistas universitários no combate ao HIV, sobretudo pediátrico, espera-se que mais mulheres adiram ao tratamento para que aumente o número de crianças que nascem sem o vírus da SIDA no país.

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“Espero convencer mais mulheres a aderirem e a não desistirem do tratamento HIV nas comunidades para que nasçam crianças seronegativas. Vou explicar a elas a importância do tratamento para o bem-estar da mãe e do bebé, em particular, e da família no geral. Sei que vou enfrentar desafios, pois trabalharei na área rural onde ainda há muitos tabus à volta do HIV/SIDA”, enfatizou Almira Nhantumbo, 23 anos, estudante do curso de Psicologia Social Comunitária.

Abdul Fahao, finalista do curso de Estatística, diz que a oportunidade de estagiar nesta fundação vai consolidar os seus conhecimentos e ajudar a melhorar a qualidade dos dados estatísticos na área da saúde.A maioria dos 13 estudantes seleccionados iniciará o seu estágio próxima semana na província de Gaza, a mais afectada pelo HIV/SIDA no país, com cerca de 25.19 por cento de seroprevalência.