Um dos vídeos mostra duas viaturas da marca Toyota, com matrículas ACL 671 MP e AAR 043 MC, que fazem o transporte semi-colectivo de passageiros na rota Goba-Baixa, a derrubarem as cancelas numa das pistas, e seguir viagem sem pagar a taxa.
Aliás, de acordo com Inguane, trata-se de casos de reincidência uma vez que as mesmas viaturas aparecem sistematicamente nos registos a usar o mesmo método para furtar-se ao pagamento da portagem.
Outros cinco veículos particulares, com chapas de inscrição MLY 88 56; ACF 029 MC; ACL 586 MP; ABC 803 MC e ACK 760 MP, que aparecem nos registos da TRAC, figuram na lista dos reincidentes. Tal como documentam as imagens a que a nossa reportagem teve acesso, os condutores destas viaturas não só se furtam sistematicamente ao pagamento das taxas, como também proferem palavras injuriosas contra os funcionários da portagem.
“Estes são apenas alguns exemplos que nós consideramos graves, de automobilistas que, de forma sistemática e abusiva, efectuam passagens sem pagamento na portagem, violando não só as normas de utilização de estradas com portagem como também o código de estrada, uma vez que não respeitam os sinais de transito, nomeadamente os semáforos e outros instalados na portagem. Este comportamento resulta em prejuízos financeiros e danos materiais avultados pois alguns equipamentos vandalizados são muito sensíveis e de uma tecnologia relativamente cara…” explica Inguane.
A fonte referiu-se à boa colaboração que tem sido manifestada pela Federação dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), que tem facilitado a localização e responsabilização dos transportadores identificados como autores de práticas de vandalismo e desobediência na portagem.
Devido à persistência com que operadores do transporte de passageiros se envolvem em tais actos, a TRAC fez uma aproximação à FEMATRO que, prontamente, colaborou e facilitou a identificação de alguns visados, que foram penalizados com a retirada das licenças de operação, além do ressarcimento da TRAC pelos danos causados.
Enquanto isso, entre 10 a 11 mil transacções na portagem de Maputo são actualmente feitas por via do sistema E-Tag, o mecanismo electrónico de pagamento instalado em 2009 naquela portagem.
Segundo a nossa fonte, uma média de 600 clientes aderem mensalmente ao sistema, considerado eficaz por reduzir o tempo de espera nas filas.
Ao abrigo de um memorando rubricado entre a TRAC e a FEMATRO, todos os transportadores licenciados pelas associações podem aderir gratuitamente ao serviço E-Tag, além de que beneficiam de um desconto na ordem dos 49 por cento na tarifa referente à sua classe, razão por que na sua maioria, os “chapas” pagam 10,50 Meticais de tarifa de portagem.