Monteiro fez saber que, durante a semana passada, os comerciantes de produtos frescos guardaram nas câmaras frigoríficas, apenas 15 caixas de tomate, quantidade muito inferior em relação aquilo que é a capacidade de armazenamento dos sistemas de frio que é de 30 toneladas para cada.
Os comerciantes não colocam os seus produtos naquelas geladeiras porque receiam perder mais do que perdem de produtos frescos, actualmente. “Nunca coloquei os meus produtos naqueles frigoríficos porque posso vir a perder mais. A mudança brusca de temperatura, isto é, tirar o tomate do calor para o frio, e vice-versa, pode precipitar a sua deterioração”, observa Simião Nhate, 32 anos, vendedor de produtos frescos há 12 anos.
É que este mercado, construído em 2007, não tem cobertura nem alpendres. A maioria dos vendedores comercializa os seus produtos expostos ao sol.
Narciso João, 30 anos, comerciante de batata reno não está interessado em fazer o uso das geladeiras e explica porquê: “temos muitas despesas e não me vejo a pagar para conservar produtos para depois ficar prejudicado porque a batata é inimiga da água”.