Segundo Joel Nhassengo, Director do Serviço Distrital das Actividades Económicas (SDAE), espera-se que travessia no Incomáti seja retomada sexta-feira, com o regresso do motor já concertado.
“Tivemos que reenviar o motor para África do Sul para rever-se um pequeno problema detectado depois da montagem do motor. Esperamos que até quarta-feira faça-se a montagem do motor e, até sexta-feira a circulação será normalizada”, explicou.
Esta situação tem criado transtornos e perdas aos moradores e investidores locais, que são obrigados a recorrer a pequenos barcos e duas viaturas que se amarram ao batelão para garantir a travessia de carros ou percorrem cerca de 80 quilómetros, passando pela área da Açucareira da Maragra até desaguar na Estrada Nacional Número Um (EN1).
No batelão, as pessoas pagam dois meticais contra os cerca de 30 meticais ou mais que chegam a desembolsar nos pequenos barcos para o seu transporte e de pequenas bagagens inevitáveis, considerando que os residentes de Macaneta abastecem-se em Marracuene.
Os pescadores locais aproveitaram época de defeso para se dedicar ao transporte de pessoas e bens, naquele rio. António Muchanga é pescador e conta que consegue algum dinheiro para sobreviver usando a sua barcaça para transportar passageiros.
“Em dias de fraco movimento regresso à casa com 400 meticais e aos finais de semana, em que a travessia atinge o pico, consigo perto de 100m meticais. Para alunos cobramos dois meticais, valor também cobrado no batelão, e 10 meticais aos adultos”, narra Muchanga.
Entretanto, a solução definitiva é a construção de uma ponte ligando as duas margens do Incomáti, o que se vai materializar no quadro da estrada circular de Maputo, cujas obras já estão em curso em vários troços.