Sociedade Rio Tinto descarta venda de “Benga”

Rio Tinto descarta venda de “Benga”

Rio Tinto descarta venda de “Benga”

Na passada terça-feira agências internacionais, como a Bloomberg, citavam fonte não identificada da empresa em Londres como tendo afirmado que a Rio Tinto está a avaliar a operação de extracção de carvão em Moçambique, “e todas as opções estão em aberto”, incluindo a venda total ou parcial dos activos, na sequência de pesados prejuízos ali registados e que resultaram na demissão do seu administrador principal.

Já o “Financial Times” afirmava que a Rio Tinto poderá, em alternativa, aliar-se a mineiras rivais que operam em Tete, como a brasileira Vale, na construção e utilização conjunta de infra-estruturas ferroviárias.

O jornal, citando igualmente fontes não identificadas, referiu também a possibilidade da venda parcial da unidade moçambicana do grupo.

Em reacção a estes artigos, a Rio Tinto Coal Mozambique diz que tomou conhecimento da especulação que surgiu sobre a venda da mina de Benga ou de outros activos da RTCM.

“Não existem planos de venda dos activos da RTCM e as nossas prioridades centram-se na forma como melhor desenvolver os mesmos e encontrar uma solução adequada de infra-estrutura, através de conversações com o Governo de Moçambique e outras empresas interessadas”, lê-se numa mensagem enviada ao nosso Jornal.

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A Rio Tinto é a segunda maior mineira mundial. Na semana passada anunciou que as suas contas em Moçambique foram afectadas em cerca de dois mil milhões de euros e ficarão abaixo do previsto devido à alegada falta de capacidade de infra-estruturas de transporte no país.

O transporte através do rio Zambeze do carvão de Tete para os portos do Índico foi chumbado pelo Governo e a actual linha-férrea não tem capacidade para escoar a enorme produção naquela província moçambicana.

Em consequência dos prejuízos, a empresa demitiu o seu presidente-executivo, o norte-americano Tom Albanese, que foi substituído pelo australiano Sam Walsh.

Em 2011 a Rio Tinto comprou a australiana Riversdale, concessionária inicial da mina em Moçambique, por cerca de 3,07 mil milhões de euros.