Sociedade Meio Ambiente Gaza – Chuvas fustigam: Operações de socorro em curso

Gaza – Chuvas fustigam: Operações de socorro em curso

Gaza - Chuvas fustigam: Operações de socorro em curso
Para além daquelas vítimas mortais e da destruição e alagamento de diversas infra-estruturas económicas e sociais, entre as quais habitações, deixando dezenas de famílias ao relento, cerca de nove mil hectares de culturas diversas são dadas como perdidas em consequência das inundações, segundo um balanço preliminar dos danos causados pelas chuvas que continuam a fustigar a província de Gaza.

Informações ontem facultadas à nossa Reportagem pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), em Gaza, dão conta que para fazer face à situação foi elaborado um plano para as operações de busca e socorro nos distritos de Chibuto, Xai-Xai e capital provincial.

Para o efeito, ainda de acordo com as nossas fontes, foi constituída uma equipa multissectorial constituída por elementos da Polícia da República de Moçambique (PRM), Obras Públicas e habitação, cruz Vermelha de Moçambique (CVM), do Serviço Nacional de Bombeiros e da Educação, com o intuito de apoiar na elaboração do Plano de Resposta e nas operações de evacuação da população da zona baixa da cidade de Chókwè para as regiões mais seguras do distrito em Chihaquelane, no Posto Administrativo de Chilembene.

Refira-se que só na capital provincial de Gaza, Xai-Xai, pelo menos 30 casas em dois bairros periféricos da urbe, ficaram totalmente inundadas, para além do agravamento da situação de erosão um pouco por toda a cidade, mas com maior acuidade no Postos Administrativo de Inhamissa e no bairro Patrice Lumumba, onde se registaram deslizamentos de terras, provocando escavações nas estradas e, consequente obstrução parcial ou total da movimentação de viaturas.

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Enquanto isso, os distritos de Chigubo e Massangena, estiveram semana passada isolados do resto de Gaza, na sequência da destruição das rodovias que dão acesso àquelas regiões nortenhas da província.

O ambiente nos postos administrativos de Mavuè, Pafúri, e Zinhane era de desolação, com várias pessoas retidas sem possibilidades de se deslocarem aos seus destinos devido à inacessibilidade das rodovias. A situação criada pelas enxurradas está, igualmente, a criar sérios problemas de reabastecimento das lojas em géneros alimentícios e outros produtos de primeira necessidade.

Os comerciantes continuam a enfrentar enormes dificuldades de circulação para a aquisição dos referidos bens essenciais nos armazéns localizados nas cidades de Chókwè, Xai-Xai e na vila da Macia e mesmo na capital do país.

Enquanto isso, dados em nosso poder indicam que, no presente período, todas as estações dos rios Limpopo e dos Elefantes encontram-se abaixo do nível de alerta, mas com tendência a subir. A barragem de Massingir está a efectuar descargas de 15metros cúbicos por segundo  que ocorrem tendo em consideração a reserva para ecologia e a demanda para a presente campanha agrícola.

 Massingir registou, igualmente,  escoamentos inferiores aos do igual período do ano passado.

Sabe-se ainda que as barragens a montante da bacia apresentam, em média, armazenamento acima de 70 por cento, mas sem representar muito perigo de cheias a jusante a partir das descargas das mesmas.