Outra justificação possível para a fraca afluência, pode estar relacionada com o facto de muitos pais e encarregados de educação com matrículas dirigidas (com direito a vaga), estarem à espera de auferir o 13º vencimento para poder custear as despesas. Aliás, o mesmo valor poderá ser aplicado na aquisição de uniforme e material escolar.
A Escola Secundária Josina Machel espera matricular 928 alunos na 8ª classe, sendo 258 no curso diurno e os restantes no nocturno. Para a 11ª classe, de acordo com a directora Maimuna Ibrahimo, estão disponíveis 845 vagas para o curso diurno e 435 para o nocturno. Enquanto isso, a Secundária Estrela Vermelha espera matricular na 8ª classe pouco mais de mil alunos tanto no curso diurno, assim como no nocturno.
Orlando Dima, director da Escola Secundária Francisco Manyanga, disse estarem disponíveis 700 vagas para a 8ª classe curso diurno e 900 para a 11ª classe, também no curso diurno. Contudo, mostrou-se preocupado com o nível de adesão às inscrições, alertando para que não se deixe tudo para a última hora porque pode afunilar o processo. O mesmo apelo foi lançado por Pedro Mabjaia, director-adjunto pedagógico da Escola Secundária de Lhanguene, que espera matricular 780 alunos no curso diurno e 447 no curso nocturno, isto na 8ª e 11ª classes.
Directores de outras escolas ouvidos pela nossa equipa de Reportagem, mostraram-se satisfeitas pelo facto de o MINED ter tomado a decisão de proibir as escolas de exigir garantias de depósitos bancários como condição principal para os alunos se matricularem. No seu entender, a aplicação das duas modalidades, depósito bancário ou pagamento do valor físico, vai dinamizar o processo, visto que as pessoas levavam muito tempo nos bancos para depositar o dinheiro para depois apresentar o talão de depósito como comprovativo para se inscrever.