“Um cajueiro leva alguns anos até dar fruto e isso requer muita paciência e trabalho, pelo que o preço actualmente aplicado não nos encoraja” – referem alguns produtores. A problemática de preço teve o seu início há dois anos, depois de ter sido melhor na campanha2010/2011, em que cada quilo era comercializado a 21,00 meticais. Depois de ter iniciado com o valor de seis meticais, a comercialização em curso está ao preço de oito meticais, contra os 11,69 meticais da anterior campanha, o que significa que a cada ano o preço vai depreciando cada vez mais.
Para além de produtores familiares e associativos, o distrito de Chibabava conta ainda com plantações pertencentes à penitenciária daquela região, que também abastece o mercado local e não só.
O distrito de Chibabava, a par com o de Búzi, é dos principais produtores de castanha de caju na província de Sofala. Curiosamente, o distrito de Caia, onde não existem hábitos de plantação de árvores deste produto estratégico, é que possui o maior campo de cajueiros a nível daquela província com 15 mil árvores contra 12.500 existentes no posto administrativo de Muxúnguè.
O delegado provincial do Instituto de Fomento de Caju, Sifa Bernardo António, explicou que para minimizar esta situação dois grupos de empresas oriundos de Nampula já estão no terreno a adquirir a castanha. Trata-se de Gani Comercial e Indo África, que já possuem armazéns, estando, inclusive, a comprar o produto ao preço que varia de oito a nove meticais o quilo.
“Ultimamente a dinâmica na comercialização da castanha vem sendo outra, pois os produtores vêm-se encorajados com a intervenção destas duas empresas, sobretudo devido ao preço” – disse o delegado provincial do Instituto de Fomento de Caju naquela região.