O embaixador da Alemanha em Harare, Hans-Gunter Gnodtke, disse aos jornalistas que o Zimbabwe deveria defender os operadores estrangeiros de safaris, cujos interesses estão a ser ameaçados pelos responsáveis do partido do Governo, ZANU-PF.
“Se os elementos que querem destruir a infra-estrutura da fauna e do turismo do Zimbabwe protegida pela BIPPA (um Acordo de Protecção dos Investimentos Estrangeiros) ganharem a causa, isto afectará seriamente a qualificação do Zimbabwe para acolher uma conferência internacional sobre o turismo”, estima o embaixador.
O Zimbabwe e a sua vizinha, a Zâmbia devem organizar conjuntamente em Agosto de 2013, próximo das quedas Victoria, a assembleia geral da Organização Mundial do Turismo, um organismo das Nações Unidas.
No âmbito da sua campanha de “indigenização”, as autoridades do Zimbabwe recusaram à operadores estrangeiros de safaris alvarás de caça nesse sítio da Save Valley Conservancy, no sudeste, mas concederam terrenos e autorizações de exploração por 25
anos a responsáveis do partido do presidente Robert Mugabe, a ZANU-PF.
As organizadores de caça nesse sítio de 340.000 hectares onde vivem leões, búfalos, leopardos e rinocerontes, compreendem os investidores sul-africanos, alemães, italianos e americanos, países signatários do BIPPA.