Na sequência das sétimas eleições gerais realizadas na passada terça-feira, quatro dos dezassete candidatos presidenciais do Malawi reconheceram publicamente a sua derrota.
Entre os que admitiram a derrota encontram-se Kondwani Nankhumwa, presidente do Partido de Desenvolvimento do Povo, assim como os candidatos independentes Phunziro Nvula, Smart Swira e Adil James Chilungo.
Em declarações feitas à imprensa, estes candidatos afirmaram que, com base na contagem paralela realizada pelos seus delegados, ficou evidente que o seu desempenho não correspondeu às expectativas da população. Os resultados preliminares publicados refletem claramente a sua derrota nas eleições.
A Comissão Eleitoral do Malawi actualizou na madrugada de domingo os dados parciais relativos a cinco círculos eleitorais. Após a inclusão dos municípios de Karonga e Zomba, bem como dos distritos de Mchisi, Salima e Neno, a contagem dos votos revelou os seguintes números: Peter Mutaharika, pelo partido DPP, obteve 203,447 votos; Lazarus Chakwera, pelo MCP, recebeu 153,447 votos; Dalitso Kabambe, do UTM, somou 18,639 votos; Atupele Muluzi, do UDF, registou 5,387 votos; Joyce Banda, do PP, alcançou 3,418 votos; e Michael Usi, pelo Odya Zake Alibe Mlandu, conseguiu 1,176 votos.
A Comissão Eleitoral confirmou ter recebido resultados de 228 círculos eleitorais em todo o país, restando apenas um, referente a Nkhoma, onde o presidente da mesa manifestou intenções de suicídio. Annabel Mtalimanja, presidente da comissão, suspendeu temporariamente o processo de verificação dos números do distrito de Ntcheu para realizar averiguações, devido a irregularidades identificadas.
Mtalimanha assegurou que todas as reclamações apresentadas pelos partidos políticos serão consideradas segundo as leis e procedimentos eleitorais em vigor no Malawi. Apesar dos desafios enfrentados, a responsável reiterou o compromisso da comissão em seguir todos os procedimentos necessários para assegurar a credibilidade e a fiabilidade do processo eleitoral.