“Já conhecemos as causas dos desentendimentos e é nossa intenção que o problema seja ultrapassado para que todos os operadores licenciados façam o seu trabalho sem nenhuma interferência”, disse Mureriwa.
Afirmou ainda que é realmente necessário que todos os transportadores façam parcerias com operadores de transporte sul-africanos para que sejam criadas facilidades de trabalho em ambos países.
Mureriwa referiu que o mesmo procedimento deve ser seguido pelos operadores sul-africanos porque esse procedimento está previsto nos acordos bilaterais que regem o sector dos transportes.
“O problema já está identificado e estamos a trabalhar com as associações nacionais, as sul-africanas e com a Federação Moçambicana de Transportes Rodoviários (FEMATRO) como a entidade que tutela os transportadores no país”, explicou.
Acrescentou que aquela instituição está igualmente a dialogar com o Concelho Municipal de Maputo, proprietário da terminal, para que se mantenha a ordem naquele local e a actividade seja exercida por todos os operadores licenciados.
Segundo Mureriwa não são todas as rotas que têm este tipo de problema, mas que o conflito envolve operadores que pretendem viajar para as cidades de Joanesburgo, Nelspruit e Rustenberg, na África do Sul.
A crise não é nova, mas recentemente algumas associações trocaram acusações de uma estar a impedir as outras de embarcar passageiros para aquele país vizinho. A contenda opõe as associações Mosata, a primeira a ser criada, a “Lhuvukane”, “Kindlimukane” e “Tuva”, que surgiram como resultado de desentendimento entre os transportadores.
É que, no âmbito dos acordos bilaterais, no quadro da implementação do protocolo da SADC, Moçambique e África do Sul assinaram um acordo que rege a actividade de transporte entre os dois países. Esse acordo exige, de entre outras, a constituição de parcerias entre associações de transportadores locais, para permitir que em ambos países sejam apadrinhados e, por via disso, conseguirem carregar noutras praças internacionais.