“Tudo isso é o resultado de um esforço gigantesco do Governo que elevou a taxa de acesso à electricidade para 38 por cento em 2012, contra apenas 7 por cento em 2004, colocando-se Moçambique acima da média da África Subsahariana, que é de 30.5 por cento”, disse.
Salvador Namburete disse igualmente que em termos de ligações anuais, com 130.000 em 2011, o país posiciona-se em terceiro lugar no conjunto dos membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), numa classificação liderada pela África do Sul e com as Maurícias em segundo lugar.
“O nosso país dispõe de recursos energéticos em quantidades expressivas, em termos de potencial hidroeléctrico, carvão, gás natural e fontes de energias renováveis, com uma capacidade instalada de 2.409MW”, disse.
Questionado no Parlamento pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), sobre o porquê da energia eléctrica estar cara e ser de má qualidade, sendo o país produtor, o ministro da Energia afirmou que a política tarifária no sector eléctrico prevê a aplicação de uma tarifa uniforme em todo o território nacional, com recurso ao subsídio cruzado, em que todos pagam o mesmo preço pela energia que consomem.
“Os rendimentos da empresa Electricidade de Moçambique (EDM) nas zonas mais rentáveis são redistribuídos pelas zonas de menor rentabilidade, assegurando a electrificação simultânea de todo o país, para induzir um desenvolvimento mais integrado e equilibrado”, afirmou Namburete.
O ministro que falava durante a recente sessão de respostas do Governo às perguntas da Assembleia da República, referiu ainda que o custo total do programa de melhoria da qualidade da energia em todo o país está estimado em mais de 2.7 biliões de dólares norte-americanos (cerca de 80 biliões de meticais), os quais são agravados anualmente em 12 milhões de dólares (360 milhões de meticais) pelo roubo e vandalismo dos equipamentos.