Segundo Orlando Mudumane, porta-voz da Polícia no Comando da Cidade, os detidos vendiam as armas em causa no valor de 23 mil meticais cada. Uma delas terá sido recuperada no distrito na Macia, em Bilene, província de Gaza, já nas mãos de um comprador ainda a monte.
“São membros das Forças Armadas e com alguns anos na área de Defesa que se aproveitavam das suas posições para adquirir e vender armas a meliantes, sendo que depois eram usadas para o cometimento de crimes”, disse.
Tal como conta a nossa fonte, a detenção dos meliantes resultou de denúncias paralelamente a um trabalho de investigação levado a cabo pela corporação para desmantelar a quadrilha e recuperar o armamento.
“A Polícia tinha conhecimento do “modus operandi” da quadrilha e levou a cabo uma operação no bairro do Alto Maé com vista a impedir que mais armas parassem nas mãos de bandidos. Foi neste exercício que se deteve o quarteto tentando efectuar mais uma transacção”, explicou.
Questionado sobre a frequência com que estes casos acontecem, Mudumane disse tratar-se de casos isolados em que agentes com o dever de proteger a sociedade são quem abre campo para a criminalidade.“Casos desta natureza que chegam ao conhecimento da Polícia são muito poucos. São pessoas que fizeram uso da sua posição e facilidade de adquirir armas para tirar benefícios, e pensamos que não deviam fazer parte desta força” concluiu.