Semana passada, o comunicado oficial do Ministério da Energia sugeria que a responsabilidade cabia às gasolineiras. Enquanto isso, ainda decorre a investigação encomendada pelo governo.
Uma semana depois de o Ministério da Energia ter anunciado que todos os automobilistas, cujas viaturas ficaram paralisadas devido ao combustível contaminado, deveriam procurar as respectivas gasolineiras para exigir a responsabilização pelos danos causados, o ministro da Energia surgiu ontem com outra versão.
Segundo Salvador Namburete, a responsabilidade pelos veículos danificados é das distribuidoras e não dos retalhistas, no caso, as gasolineiras.
A mudança relativamente ao discurso inicial, onde o governo sugeria que a responsabilidade era do retalhista, surge depois de muitos automobilistas se terem dirigido às gasolineiras, onde tinham abastecido, para que fossem ressarcidos pelos danos nas suas viaturas de correntes do uso da gasolina contaminada. Trata-de duma situação que nunca foi aceite pelas gasolineiras que, sempre, negaram responsabilidade, alegando falta de uma comunicação oficial por parte de uma entidade competente.
O incidente deixou muitos automobilistas lesados e indignados e, desde a sua ocorrência, ainda ninguém veio a público esclarecer devidamente quem deve assumir a responsabilidade pelos danos causados.
Esta quinta-feira, questionado sobre o assunto, Salvador Namburete disse ter-se reunido, no sábado passado, com todos os retalhistas, e ficou acordado que a responsabilidade primordial pelos danos causados aos veículos é dos distribuidores.
O ministro garantiu ainda ter deixado recomendações claras no sentido de as gasolineiras receberem todas as preocupações dos automobilistas e encaminhá-las aos distribuidores.
Quanto à eventual alteração de discurso em relação à primeira informação divulgada, através de um comunicado oficial do Ministério da Energia, o ministro diz ter havido um mal entendido e nega que o comunicado de imprensa tenha atribuído responsabilidades às gasolineiras.