Maputo viveu na manhã desta quinta-feira uma situação de tensão com a população residente nos arredores a regressar cedo a casa e a pé pelo facto de os transportadores privados de passageiro, vulgo `chapas´, não estarem a circular, devido ao receio de protestos contra os novos preços de viagem no transporte rodoviário.
O Hospital Central de Maputo não recebeu hoje `nenhum caso clínico´ relacionado com esta situação, segundo o director clínico do Banco de Socorros da unidade, contactado pela nossa fonte.
Várias notícias não confirmadas referiram a existência de protestos populares contra os aumentos de preços, o que está a provocar receio na população quanto à possibilidade de se repetirem as manifestações violentas registadas em 2008 e 2010, aquando da tentativa de aumentos de preços dos `chapas´, que provocaram vários mortos.
Em declarações a nossa fonte, Raul Cossa, diretor clínico do Banco de Socorros do Hospital Central de Maputo, a maior unidade hospitalar do país, afirmou que não deu entrada no estabelecimento `nenhum caso clínico relacionado com qualquer tumulto´ na cidade.
`Estamos em prontidão como sempre estivemos e não recebemos nenhum caso clínico relacionado com qualquer tumulto´, enfatizou Raul Cossa.
Na revolta contra o aumento do preço dos transportes públicos em 2010, morreram mais de 10 pessoas e mais de 50 ficaram feridas, em confrontos entre a população e a polícia.