Sociedade Meio Ambiente Barragem de Massingir pede fundos adicionais

Barragem de Massingir pede fundos adicionais

Barragem de Massingir pede fundos adicionais

De acordo com o Director-Geral da Administração Regional de Águas do Sul (ARA-Sul), Belarmino Chivambo, a expectativa é de que as obras possam arrancar em Maio do próximo ano, atendendo ao ritmo em que decorrem as negociações com potenciais parceiros do país.

“Os fundos que temos do Banco Africano de Desenvolvimento para reabilitar os descarregadores de fundo são insuficientes e o Governo está a mobilizar fundos adicionais para podermos garantir a reabilitação. A nossa expectativa é de que as obras arranquem rapidamente e há negociações bastante avançadas nesse sentido. Com base nas discussões que estão a ser realizadas pensamos que no final da época chuvosa, nos princípios do próximo ano, em Maio, estaremos em condições de iniciar com as obras”, disse Chivambo.

De igual modo, segundo avançou, há negociações com o sector privado e público para a viabilização da central eléctrica (avaliada inicialmente em 30 milhões de dólares), o que se demonstra pertinente e urgente graças a grande demanda de energia que se regista bem como ao facto de a instalação das comportas ter significado mais água na albufeira.

 A quantidade de energia a produzir está dependente da demanda de água para a irrigação e para abastecimento urbano que são prioridades.

Presentemente apenas um terço da capacidade é que é usada que corresponde a cerca de 500 a 600 milhões de metros cúbicos por ano, mas que se espera que cresça bastante nos próximos anos.

Com a ruptura verificada no descarregador de fundo, a disponibilização de água para uso a jusante é feita através do descarregador de superfície.

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“Esta não é a melhor via, porque em caso de seca não poderemos abastecer, dado que  a água pode não atingir o descarregador de superfície”, disse.

Entretanto, arrancaram em Outubro último as obras de construção dum descarregador de cheias auxiliar para aumentar a capacidade de vazão das águas. As cheias de 2000 mostraram que o descarregador colocado nas obras de reabilitação não tem capacidade suficiente para uma cheia extrema e sendo uma barragem de terra, não pode ser galgada.

Com relação ao descarregador de fundo, a avaliação inicial tinha mostrado a necessidade de 13 milhões de dólares para repor as infra-estruturas danificadas, entre as quais a casa de comando da comporta do descarregador de fundo número um, derrubada pela força das águas, que chegaram a atingir 1400 metros cúbicos por segundo.

Para além da reposição da casa de comando, há ainda outras obras que terão que ser feitas por forma a repor a conduta rompida. A referida conduta, com cerca de 50 centímetros de espessura, terá que ser reposta recorrendo não só ao betão, que era a composição inicial, mas ainda a um reforço metálico que não foi previsto na altura da construção da barragem.

Para além desta conduta, a outra que deverá ser intervencionada é a das descargas destinadas à central hidroeléctrica, que também não dispõe de reforço metálico que permita responder a qualquer impacto.