Segundo uma nota de imprensa recebida na nossa Redacção, o Banco Central decidiu, igualmente, manter o coeficiente de Reservas Obrigatórias, fixado em 8,0 por cento.
O Comité de Política Monetária tomou nota do agravamento dos riscos e incertezas prevalecentes na economia global, associados ao crescimento moderado nas economias mais desenvolvidas e de mercado emergentes.
Segundo a mesma fonte, o banco constatou que apesar da conjuntura internacional adversa os principais indicadores económicos e financeiros do País continuam a evoluir em linha com o programa macroeconómico estabelecido para 2012.
Nesta vertente, o Banco Central destaca a inflação, de que se prevê para final de Dezembro uma taxa inferior à meta de 5,6 por cento definida para este ano. Por outro lado, o Órgão teve em atenção que as perspectivas de crescimento económico continuam positivas.
A decisão do Banco de Moçambique foi tomada tendo em conta a conjuntura económica nacional e internacional.
Internamente, dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) da cidade de Maputo, reportados a Outubro de 2012, registou uma variação mensal positiva de 0,27, após 0,09 por cento no mês anterior e 0,01 por cento em igual período de 2011. Com esta variação, a inflação homóloga incrementou ligeiramente para 1,49 por cento enquanto a média anual manteve a trajectória descendente, situando-se em 2,77, após 3,31 por cento no mês transacto.
A inflação acumulada nos dez meses do ano manteve-se no terreno negativo, ao fixar-se em -0,27, após -0,53 por cento no mês de Setembro. No mês de Outubro, a divisão dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas foi a que mais contribuiu para o agravamento da inflação, ao registar um incremento de 21 pb, reflectindo, essencialmente o agravamento dos preços do tomate, material diverso para manutenção, batata reno fresca, carapau, análises clínicas e cerveja.
A nível internacional, o Fundo Monetário Internacional reviu em baixa as perspectivas de crescimento económico mundial para 2012 e 2013, para 3,3 e 3,6 porcento, respectivamente, menos 20 e 30 pontos base (pb) comparativamente às projecções divulgadas em Julho último. As novas previsões indicam, para o corrente ano, uma expansão da actividade económica em 5,3 por cento nas economias de mercado emergentes e em desenvolvimento e 1,3 por cento nas economias desenvolvidas, destacando-se, neste grupo, o agravamento da perspectiva de recessão nas economias da Zona Euro (-0,4 por cento).