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Ambientalistas contra II fase da expansão do projecto das areias pesadas de Moma

Ambientalistas contra II fase da expansão do projecto das areias pesadas de Moma

Os ambientalistas da Associação Nacional de Extensão Rural (AENA) estão contra a continuação das obras da segunda fase da expansão do projecto das areias pesadas de Moma devido ao não cumprimento das promessas feitas pela Kenmare para o processo de reassentamento da população que está a ser retirada das suas antigas áreas de produção para o empreendimento.

Outra razão para contestar a segunda fase do projecto está relacionada com o facto das áreas agrícolas destruídas pelas máquinas usadas na limpeza da zona de expansão não estarem a ser devolvidas aos camponeses após terem Momapassado pelo processo de regeneração, segundo António Mutoua, director Operativo da AENA, uma organização não governamental moçambicana vocacionada à prestação de serviços de extensão rural e advocacia a camponeses daquela região da província de Nampula.

Mutoua sublinhou não estar a ser feito “absolutamente nada” em termos do cumprimento das promessas feitas no que respeita também à disponibilização de água, energia eléctrica e devolução de áreas agrícolas destruídas pelas máquinas na limpeza da área de expansão, ajuntando que estas promessas existem desde 2007 “e até ao momento nada está a ser cumprido, pelo que recusamos propor a continuação das obras de expansão do projecto”, indicou em Maputo ao Correio da manhã.

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Mutoua foi interpelado pelo jornal à saída de um encontro onde foram apresentados resultados de um estudo de pré-viabilidade da segunda fase da expansão do projecto das areias pesadas de Moma que teve a participação de consultores, ambientalistas e técnicos do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), para além dos representantes da companhia Kenmare, proprietária do projecto das areias pesadas de Moma.

A expansão está a ser feita nos povoados de Congolone e Marrua e resultará no aumento da produção de ilmenite em aproximadamente 35%, para cerca de 1,6 milhão de toneladas por ano.

A Kenmare está em vias de obter a licença ambiental para iniciar a produção de ilmenite e zircão após conclusão das obras.