Para simbolizar o arranque da primeira fase do empreendimento, a cargo da empresa Beira Empreitadas, o reitor da UP, Rogério Utui, procedeu ao lançamento da primeira pedra.
A cerimónia do início das obras foi testemunhada pelo director da delegação da UP-Beira, Zacarias Ombe, corpo docente e administrativo, bem como pelo presidente do Conselho Municipal e pelo administrador distrital do Dondo, Manuel Cambezo e João Oliveira.
Segundo o Diário de Moçambique, a edificação do campus universitário integra-se no projecto de ampliação da capacidade de atendimento não só no concernente à área de docência, mas também na vertente administrativa e outros serviços oferecidos por esta instituição do ensino superior.
A cidadela universitária, de acordo com dados avançados pelo reitor da UP, Rogério Utui, será multiuso, comportando a componente académica, nomeadamente edifícios para ensino, locais para recreação e extensão, residência universitária para estudantes, além da disponibilização de espaços para implantação de habitações para o corpo administrativo e docente.
Utui explicou que, devido ao aperto financeiro atravessado pela universidade, as obras decorrerão por fases, sendo a primeira a construção de um muro de vedação, já em curso. A segunda irá comportar a implantação de 16 salas de aula e a terceira está em projecção arquitectónica. As 16 salas, de acordo com o reitor da UP, estarão prontas em meados do próximo ano.
“A construção da cidadela universitária não significará o abandono das infra-estruturas existentes. O que queremos é ampliar a universidade para atender à demanda que está cada vez mais crescente. O corpo docente e administrativo vai dar vida à cidadela universitária, através do requerimento de espaços para construir de suas habitações”, disse Rogério Utui citado pelo Diário de Moçambique.
O chefe do departamento de infra-estruturas universitárias na UP-Beira, Amílcar Sabino, revelou, em entrevista a jornalistas, que a primeira fase irá “consumir” 25 milhões de meticais. Circunscreve-se na implantação de um muro de vedação de quatro mil metros lineares de extensão e tem o prazo de seis meses.
A segunda etapa, compreendendo a construção do primeiro bloco constituído por 16 salas de aula, vai arrancar brevemente, estando neste momento a ser apurado o vencedor que edificará as obras.
Prevê-se que se gastem nesta fase 146 milhões de meticais. A terceira fase, de acordo com Amílcar Sabino, está ainda em projecção arquitectónica, efectuada por uma empresa de consultoria na sede da universidade, em Maputo.
“A área para a segunda fase, que é de construção de salas de aula, será de 30 hectares e a parte que resta, 70 hectares, servirá para a implantação de outras edificações, que incluem infra-estruturas sociais para os estudantes, corpo administrativo e docentes. Neste momento não podemos falar de quando vai custar todo o projecto” – disse Amílcar Sabino, explicando que toda a universidade estará concentrada no Dondo em termos de infra-estruturas académicas e sociais.
O director da UP-Beira, Zacarias Ombe, que igualmente interveio na cerimónia de lançamento da primeira pedra, agradeceu ao município do Dondo pela concessão do espaço e disse que estavam criadas as condições para a metalização do projecto há muito esperado.
“Vamos usar o espaço de forma sustentável por forma a albergar todas as componentes de um campus universitário, nomeadamente salas de aula, laboratórios, residências para estudantes, docentes e funcionários, entre outras infra-estruturas académicas e sociais” – indicou Ombe.