O apelo foi lançado, sexta-feira, quando Levi foi interpelada pelos órgãos de comunicação social para reagir à detenção, pelas autoridades policiais tailandesas, da nacional Hortência Ferreira Novela, de 37 anos de idade, encontrada na posse de cerca de dez quilogramas de metanfetamina cristal, no Aeroporto Internacional de Phuket, na capital, Bangkok.
Segundo a titular da pasta da Justiça, a sociedade deve manter-se permanentemente em alerta, para que cidadãos moçambicanos não sejam, em que circunstâncias forem, usados para transportar droga de um país para o outro, por tal configurar crime que, em outros ordenamentos jurídicos, pode significar prisão perpétua ou mesmo pena de morte, como é o caso.
Muitos países asiáticos, incluindo a Tailândia, aplicam a pena de morte a quem for condenado por consumo, distribuição e tráfico de droga.
Benvinda Levi lança um apelo especial aos jovens de ambos os sexos no sentido de recusarem ofertas de certas pessoas que se disponibilizam a emitir passaportes para lhes trazerem mercadorias que estão num determinado país.
“A sociedade deve preocupar-se, quando um membro da sua família, do nada, tem um passaporte e diz pretender viajar a pedido de um amigo para ir a um determinado país para trazer uma determinada mercadoria”, alerta Benvinda Levi.
De acordo com a ministra da Justiça, “esta viagem” pode terminar em tragédia não só para a pessoa contratada, mas para a própria família e para a sociedade.
Levi observa que, em algumas situações, são moças que vêem naquela situação uma oportunidade para resolverem os seus problemas, mas que depois são presas e incorrem em pesadas penas. “Alguns destes jovens têm filhos menores e, ao envolverem-se com o narcotráfico, podem hipotecar o futuro dos seus filhos, que crescerão sem a mãe por perto”, disse.
“Não podemos colocar a nossa vida em risco por causa de alguns dólares e uma passagem aérea para trazer droga ou para transportá-la, porque isso tem consequências graves”, repisa.