Francisco Amisse, comandante do 3º regimento da força de guarda-fronteira em Manica, assumiu que a existência de engenhos explosivos ao longo da linha fronteiriça, que separa Moçambique do Zimbabwe, tem retraído patrulhas nas zonas minadas, facilitando o contrabando de diversas mercadorias.
“Temos a cautela de evitar o envio de patrulhas para zonas minadas, embora estejam identificadas e notificadas na direcção da desminagem. Neste momento, preocupa-nos a violação da fronteira e contrabando pela população de ambos países”, disse à agência Lusa, Francisco Amisse.
De Moçambique para Zimbabwe, disse, estão a ser contrabandeados fardos de sapatos, roupa usada e bebidas. Já do Zimbabwe para Moçambique, a polícia está a enfrentar o problema de contrabando de cigarros (em toneladas) para abastecer o país e a vizinha África do Sul.
As polícias da guarda-fronteira de Moçambique e Zimbabwe reuniram-se, em Manica, para traçar uma estratégia de desminagem da área e reafirmar a fronteira que divide os dois países, para uma maior presença e actuação das patrulhas e retrair violações e contrabando.