O facto foi revelado por Octávio de Jesus, director do Instituto de Bolsas de Estado, à margem da 3/a Reunião do Conselho Nacional de Bolsas de Estudo, encontro havido hoje em Maputo e que junta quadros de vários ministérios, incluindo parceiros de cooperação, para, dentre vários temas, apreciar os critérios de atribuição, coordenação e gestão das bolsas de estudo.
No encontro, de apenas um dia, segundo a fonte, serão igualmente delineadas as prioridades do sector para os próximos anos.
Octávio de Jesus disse que o instituto tudo fez para assegurar um bom desempenho, que se traduz na consumação das metas e aspirações preconizadas para os 2.760 estudantes, dentro e fora do país, sendo a República Popular da China o país que maior número absorve em cursos superiores e pós-graduação.
O Ministério da Educação (MINED), na qualidade de entidade que tutela o Instituto de Bolsas, está, segundo a fonte, a realizar um estudo global sobre formas de aperfeiçoar ou reverificar todo o sistema de apoio aos bolseiros para ver a pertinência ou não da bolsa.
Só no biénio 2010/11, o Instituto conseguiu, através dos vários programas de bolsas, atribuir mais de 700 bolsas, a nível nacional, feito que teve uma influência bastante positiva para os estudantes que tanto necessitavam dessas mesmas bolsas de estudo.
Desta feita, segundo a fonte, importa planificar, monitorar e avaliar num processo metódico, cíclico e que permita recolher sistematicamente os resultados alcançados pelo sistema de atribuição de bolsas de estudo.
A fonte apontou, por outro lado, que o valor atribuído para o efeito ainda não é satisfatório. Aliás, o montante ideal seria cerca de 200 milhões de meticais (cerca de sete milhões de dólares norte-americanos). O orçamento para o corrente ano rondou os 170 milhões, para atender a todos os bolseiros, dentro e fora do país.
A fatia orçamental permitiria garantir uma melhor cobertura e assistência aos programas que se apresentam, tanto mais que há questões como o transporte do estudante do país de origem para onde vai estudar, a sua preparação, os subsídios atribuídos até que ele chegue ao final dos cinco anos da sua formação.
O Instituto de Bolsas de Estado usa como critérios o mérito do estudante, traduzido no bom aproveitamento apresentado. A declaração que informa sobre a necessidade de merecer a bolsa, a questão da orfandade e vulnerabilidade são outros factores de ponderação que concorrem para a elegibilidade do interessado.