Sociedade Frelimo denuncia intolerância e ameaças à paz

Frelimo denuncia intolerância e ameaças à paz

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A Frelimo, partido no poder em Moçambique, diz que a intolerância e as ameaças sistemáticas à paz são atitudes “indignas” tomadas pela liderança da Renamo, a maior formação política da oposição.

Segundo a chefe da bancada parlamentar da Frelimo, Margarida Talapa, cabe aos signatários do Acordo Geral de Paz (AGP), rubricado a 4 de Outubro de 1992, a responsabilidade na construção de discursos, adopção de gestos e práticas que mobilizem os moçambicanos para preservarem a paz.

“A intolerância e as ameaças sistemáticas à paz, demonstrações de incoerência da prática quotidiana, são atitudes indignas de quem a história reserva a qualidade de signatária do AGP”, disse Talapa, falando hoje, em Maputo, na abertura da VI sessão Ordinária do parlamento.

Ela referia-se claramente as ameaças do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que apregoa a instalação de “uma nova ordem política” em Moçambique. Para o efeito, Dhlakama instalou-se, semana passada, na sua antiga base militar em Gorongosa, centro do país.

A Frelimo e o maior partido da oposição, a Renamo, são os únicos signatários do AGP.
Enquanto Talapa dizia que a paz é um ganho precioso que deve ser consolidado, a Chefe da Bancada da Renamo, Angelina Enoque, afirma que “apesar do silenciar das armas, o país ainda não está em paz”.

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Segundo Enoque, houve um recuo no cumprimento dos princípios do AGP e que a população moçambicana está vivendo um clima “de terror”. Para Enoque, não pode haver paz sem “reconciliação, diálogo, tolerância e inclusão”.

Para a fonte, “o diálogo não é uma sequência de reuniões e apertos de mão, sem produzir nada”.
Ela afirmou que Dhlakama está em Gorongosa por causa da pressão dos desmobilizados da Renamo e de toda a população que, alegadamente, exigem o respeito dos seus direitos fundamentais para os quais a Renamo “lutou durante 16 anos”.