Alguns empreiteiros nacionais sentem-se excluídos das grandes obras públicas em curso no país. Um dos empreiteiros que decidiu dar a cara pela indignação é Manuel Pereira, da empresa de construção Mondego, para quem o cenário é bastante negro para as empresas nacionais, com o risco de muitas delas poderem vir a declarar falência, por falta de trabalho.
“As empresas nacionais não estão a ser privilegiadas nos grandes projectos. Elas não têm quadros qualificados para fazer essas obras de grande envergadura, no entanto, as empresas grandes que entram no país não apoiam nem dão uma parte dos trabalhos que podiam ser muito bem feitos por empresas locais… As empresas estrangeiras fazem projectos e levam os dividendos para os seus países de origem. No país, todas as empresas nacionais que pagam impostos e salários aos seus trabalhadores estão a ser fortemente penalizadas, e corre-se o risco de futuramente não se ter empreiteiros capazes. Não sei bem de quem é a culpa, mas sei que, na parte do governo, não há apoio a empresas nacionais”
“As empresas nacionais não estão a ser privilegiadas nos grandes projectos. Elas não têm quadros qualificados para fazer essas obras de grande envergadura, no entanto, as empresas grandes que entram no país não apoiam nem dão uma parte dos trabalhos que podiam ser muito bem feitos por empresas locais… As empresas estrangeiras fazem projectos e levam os dividendos para os seus países de origem. No país, todas as empresas nacionais que pagam impostos e salários aos seus trabalhadores estão a ser fortemente penalizadas, e corre-se o risco de futuramente não se ter empreiteiros capazes. Não sei bem de quem é a culpa, mas sei que, na parte do governo, não há apoio a empresas nacionais”
Agostinho Vuma concorda
Para o presidente da Federação moçambicana de empreiteiros, Agostinho Vuma, faz sentido o grito das empresas nacionais. “Creio que o problema não é do Governo, mas sim de alguns gestores públicos que fazem má interpretação dos regulamentos. Por outro lado, há casos em que os acordos de financiamento impõe condicionalismos que acabam excluindo as empresas nacionais. Há exclusão de nacionais. As garantias provisórias são excessivamente altas e as empresas nacionais não têm esses valores disponíveis. Há uma interpretação impeditiva dos instrumentos legais, e isso acaba prejudicando as empresas nacionais”.
Governo não concorda