As transportadoras públicas e privadas de passageiros em Luanda retomaram as suas operações após uma paralisação de três dias que resultou num prejuízo superior a 44 mil euros.
A suspensão das actividades ocorreu em resposta à crescente insegurança na capital angolana, que culminou em actos de vandalismo e violência.
A empresa pública de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL) anunciou que durante os dois dias de suspensão deixou de transportar mais de 500 mil passageiros e registou a vandalização de dez autocarros, causando um prejuízo estimado em 48 milhões de kwanzas. André Gomes, porta-voz da TCUL, expressou preocupação com os eventos recentes, caracterizados por pilhagens, apedrejamento de veículos e barricadas nas estradas.
A TCUL garantiu que 70 autocarros estarão em operação, com segurança assegurada pelas autoridades para passageiros, motoristas e viaturas. Gomes lamentou os tumultos, destacando que a paralisação não justifica a vandalização dos meios de transporte.
Por sua vez, a empresa privada de transporte urbano MACON também anunciou a retoma das suas operações, após ter sido alvo da vandalização de pelo menos 12 autocarros. Armando Macedo, responsável pela área comercial da MACON, referiu que a retoma será gradual, enfatizando a necessidade de colaboração com a Polícia Nacional e o Governo Provincial de Luanda para assegurar a segurança dos utentes.
Segundo o último balanço da Polícia Nacional, a onda de violência resultou em cinco mortes, incluindo um agente da polícia, e 1.214 detenções. Além disso, foram destruídas 45 lojas, 25 viaturas particulares, 20 autocarros públicos e três agências bancárias.
O subcomissário Mateus Rodrigues, porta-voz da Polícia Nacional, garantiu que a situação de segurança em Luanda é agora considerada estável, com a continuação das operações de detenção.