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Moçambique reforça medidas de vigilância face ao registo de 16 casos activos de Mpox

O país contabiliza, neste momento, um total de 16 casos activos da doença Mpox, distribuídos pelas províncias de Niassa, Manica e Maputo. Desde o início da epidemia, 22 pacientes já conseguiram recuperar.

A informação foi partilhada hoje em Maputo pelo técnico da Direcção Nacional de Saúde Pública (DNSP) do Ministério da Saúde (MISAU), Gildo Nhangave, durante o programa “Café da Manhã” da Rádio Moçambique. Nhangave destacou que todas as províncias nacionais estão agora dotadas de capacidade laboratorial para o diagnóstico da doença.

O responsável elucidou que a recuperação dos doentes deve-se ao diagnóstico precoce e ressaltou a importância da vigilância activa para evitar novos episódios de infecção. “Entre os 38 casos confirmados em laboratório, 22 apresentaram evolução favorável. Isso demonstra que a Mpox é uma doença que, seguindo as orientações das autoridades de saúde e implementando as medidas de prevenção, pode ser contida”, afirmou.

Para prevenir a propagação da doença, Nhangave enfatizou a necessidade de identificar pacientes que apresentem sintomas compatíveis e garantir que exames laboratoriais sejam realizados rapidamente.

As autoridades de saúde estão concentradas em reforçar a vigilância na província de Niassa, que actualmente regista o maior número de casos activos. “Estamos a realizar encontros transfronteiriços com as nossas contrapartes do Malawi e da Tanzânia. Os primeiros casos foram reportados em Julho, fruto do esforço conjunto entre os países vizinhos”, acrescentou.

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Além disso, mencionou a criação de comités de vigilância transfronteiriça, os quais ajudam a monitorizar anomalias sanitárias nas linhas de fronteira e permitiram identificar casos com características sugestivas de Mpox.

Em relação à vacinação, Nhangave informou que Moçambique aguarda um retorno da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre um pedido de vacinas. “Estamos confiantes de que o país será contemplado com as vacinas necessárias para o controlo da doença. Dependendo da evolução do cenário epidemiológico, é possível que as vacinas cheguem a Moçambique em breve”, concluiu.

Nas últimas 24 horas, foi reportado um novo caso suspeito na província do Niassa. Contudo, a amostra analisada testou negativo para Mpox. Os dois pacientes da província de Manica já receberam alta médica.