O Hamas anunciou que as negociações para a implementação de um acordo de cessar-fogo com Israel, iniciado a 6 de julho, encontram-se paralisadas.
A informação foi partilhada pelo porta-voz da ala política do grupo, Khaled Qaddoumi, que também representa a organização no Irã.
Segundo Qaddoumi, a responsabilidade pela estagnação recai sobre o governo israelense, que, segundo ele, não tem respondido às “mínimas necessidades” para alcançar um acordo.
As negociações entre negociadores israelenses e palestinos foram retomadas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado um cessar-fogo de 60 dias no início deste mês. Inicialmente, as partes mostraram-se optimistas em relação a um novo acordo e iniciaram discussões sobre os pontos a incluir no texto final.
Em declarações à imprensa, Qaddoumi afirmou: “Mantemos a mente aberta, acolhemos as propostas dos mediadores, estudamos a proposta dos americanos e enfatizamos que, para um acordo viável, deve haver a garantia de um cessar-fogo permanente, um fluxo tranquilo de ajuda humanitária, abertura das fronteiras e retirada das forças beligerantes israelenses da Faixa de Gaza.”
Entretanto, o Hamas criticou o governo de Benjamin Netanyahu por não apresentar respostas que satisfaçam as condições básicas para um acordo sólido.
O porta-voz do grupo alertou que o primeiro-ministro israelense está a ceder a pressões internas da sua coalizão, o que já havia ocorrido na primeira trégua em Gaza, em Janeiro deste ano. Naquela ocasião, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, abandonou o governo devido à sua oposição à trégua com o Hamas.