Internacional Governo dos EUA anuncia saída da UNESCO até 2026

Governo dos EUA anuncia saída da UNESCO até 2026

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, anunciou a decisão de se retirar da UNESCO, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada à educação, ciência e cultura.

A retirada será efectivada em dezembro de 2026 e ocorre numa altura em que o governo norte-americano critica a instituição por, segundo alegações, não atender aos interesses dos EUA e promover uma agenda anti-Israel.

De acordo com informações do jornal The Guardian, esta é a segunda vez que os Estados Unidos se afastam da UNESCO. A decisão surge após uma revisão da participação americana em várias agências da ONU, onde se concluiu que os objectivos das instituições não estão alinhados com as prioridades do governo de Trump.

Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado, expressou que a UNESCO “trabalha para promover causas sociais e culturais divisivas” e afirmou que a organização mantém um foco excessivo nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, considerados por ela como uma agenda globalista incompatível com a política externa dos EUA, que defende a doutrina de “América em Primeiro Lugar”.

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Além da saída da UNESCO, os Estados Unidos planeiam também deixar a Organização Mundial da Saúde (OMS), interromper o financiamento à agência de ajuda humanitária palestina UNRWA e sair do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A UNESCO, com sede em Paris e fundada após a Segunda Guerra Mundial, tem como missão promover a paz por meio da cooperação internacional. Os EUA contribuíam com cerca de 8% do orçamento da agência, um valor considerado significativo, embora não tenha um impacto financeiro devastador.

Funcionários da UNESCO já previam essa medida, uma vez que o governo americano afirmava estar a rever as suas ligações com as agências da ONU. A directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, expressou o desejo de continuar a colaboração com as entidades privadas, académicas e organizações sem fins lucrativos dos EUA, afirmando que os Estados Unidos sempre serão bem-vindos na organização.