Luanda, capital de Angola, foi palco de uma manifestação organizada por estudantes, em protesto contra o aumento das propinas nas instituições de ensino público-privadas e privadas.
O descontentamento, que se fez sentir em várias províncias do país, estendeu-se também à questão do aumento do preço do gasóleo e dos transportes colectivos.
Francisco Teixeira, presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), expressou a sua frustração após a polícia ter bloqueado o acesso dos manifestantes ao Ministério das Finanças, o destino inicialmente previsto para a marcha. “Não correu bem, porque nós queríamos chegar ao Ministério das Finanças. Eles fecharam o caminho. Nós tínhamos traçado uma rota, que saía de São Paulo, mas se não podemos ir para lá, nós paramos”, lamentou o líder estudantil.
Clarice da Silva, jovem participante do protesto, reforçou o seu descontentamento em relação ao custo de vida. “Saímos à rua mais uma vez para reivindicar contra esse regime opressor e ditador. Baixem o preço do combustível e baixem também o preço das propinas. Está altíssimo demais! Está a custar muito nos nossos bolsos”, afirmou.
Em Junho, as associações do ensino privado em Angola já tinham anunciado um aumento de 20,74% nas propinas e emolumentos para o ano lectivo 2025-2026, que se inicia em Setembro.