O Centro de Saúde da Matola Santos encontra-se, actualmente, inoperacional devido às inundações provocadas pelas intensas chuvas que têm assolado a região nos últimos dias.
Esta unidade, que prestava cuidados de saúde a mais de 65 mil pacientes, viu-se forçada a suspender todas as suas actividades, reflectindo uma situação crítica que se agrava desde a sua inauguração.
As imagens de um centro de saúde vazio, sem médicos nem pacientes, ilustram bem a gravidade da situação.
Segundo Bernardo Dramos, Presidente do Conselho de Administração da empresa de saneamento na Matola, a problemática das inundações é uma constante naquela área, exacerbada pela localização do centro. “A unidade tem enfrentado desafios sempre que a precipitação ultrapassa os níveis normais. É importante reconhecer que essa situação é na maioria resultante da sua localização, numa zona que historicamente tem sido uma bacia”, explicou Dramos.
Em resposta a este problema crónico, a autarquia local implementou algumas medidas, incluindo o reaproveitamento de um emissário. “Realizamos uma conexão, através de uma valeta, que liga a parte central da bacia ao emissário existente. Embora o emissário funcione, não foi originalmente projectado para suportar o volume de água que actualmente enfrenta. Adicionalmente, os munícipes têm, em diversas ocasiões, negligenciado a manutenção do emissário e das caixas de esgoto quando não há chuvas”, referiu o PCA.
Dramos não pôde confirmar a disponibilidade de fundos para a realização das obras necessárias, tendo em conta a actual crise que o país atravessa. Contudo, manifestou a intenção de colaborar com a comunidade local para facilitar a ampliação do colector. “Actualmente, deparamos com várias caixas de visita de limpeza que estão situadas nos quintais das pessoas. Infelizmente, muitos construíram sem considerar a sua presença”, lamentou.