Destaque Mais de dez viaturas incendiadas em Maputo

Mais de dez viaturas incendiadas em Maputo

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A cidade de Maputo foi palco de violentas manifestações que resultaram em danos significativos ao património público e privado, conforme denunciou o autarca Razaque Manhique durante a cerimónia que assinalou o 137.º aniversário da elevação de Maputo a cidade.

Manhique expressou a sua preocupação com as consequências dos protestos que, segundo ele, “causaram danos consideráveis ao nosso património e geraram transtornos para todos os munícipes”.

A destruição de infraestruturas essenciais, afirmou, compromete o dia-a-dia dos cidadãos e prejudica o funcionamento da cidade, representando um retrocesso nos esforços de desenvolvimento que têm sido implementados com dedicação.

Os recentes episódios de violência, que se intensificaram após a divulgação dos resultados das eleições de 09 de Outubro, levaram à destruição de vários bens, incluindo edifícios municipais. Dados preliminares indicam que pelo menos seis viaturas particulares e dois tractores foram totalmente consumidos pelas chamas durante os protestos. O autarca alertou que essas vandalizações podem comprometer gravemente a mobilidade urbana e a recolha de resíduos sólidos na capital.

A situação é ainda mais alarmante, com 15 semáforos vandalizados em cruzamentos, vários abrigos de paragens de autocarro danificados e quatro autocarros da Empresa de Transportes de Maputo afectados. Além disso, foram reportados 52 contentores de resíduos sólidos destruídos e uma vasta extensão da rede viária danificada devido à queima de pneus.

Apesar de reconhecer que as manifestações surgem de “anseios e desafios” enfrentados, sobretudo pelos jovens, Manhique apelou a que todos expressem as suas preocupações de forma pacífica e construtiva. “Não devemos permitir que a violência seja a resposta às nossas frustrações”, enfatizou.

Em resposta aos danos causados, o Conselho Municipal de Maputo reafirmou o seu compromisso com a reconstrução dos bens danificados e a restauração das infraestruturas essenciais para o pleno funcionamento da cidade. O autarca garantiu que o objectivo é “devolver a cidade de Maputo à dignidade e funcionalidade que ela merece”.

Os protestos foram desencadeados pela insatisfação com os resultados das eleições presidenciais, onde Daniel Chapo, candidato da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), foi declarado vencedor com 70,67% dos votos. Venâncio Mondlane, o seu principal opositor, contestou os resultados e não reconheceu a sua validade, aumentando a tensão na cidade.