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Instituto Comercial de Maputo abre furo de água para retomar aulas após adiar início do semestre

O Instituto Comercial de Maputo (ICM), que alberga cerca de mil alunos, adiou o início do segundo semestre lectivo devido à falta de água. Para resolver este problema, pais e encarregados de educação estão a contribuir para a abertura de um furo de água no recinto escolar.

Há mais de um ano que o fornecimento de água foi interrompido no Instituto Comercial de Maputo devido ao não pagamento das facturas. Com o problema ainda por resolver, a instituição decidiu adiar o início das aulas do segundo semestre, inicialmente previsto para 15 de Julho, segunda-feira desta semana.

“Estávamos a criar as condições para que a escola tivesse água, mas até ao dia do retorno às aulas, essas condições não estavam criadas. Contudo, vão retomar amanhã”, explicou Augusto Machunguene, director pedagógico e substituto do director-geral da escola.

Uma estudante, que preferiu não ser identificada, relatou que a instituição tem enfrentado estes problemas há muito tempo. “Suspendiam as aulas e ficávamos em casa… porque tinham problemas de água. Foi muito chato, não tínhamos água para beber e só saía água turva”.

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Para solucionar os cortes sucessivos, está a ser aberto um furo de água no recinto da escola, financiado pelas contribuições da instituição, pais e encarregados de educação. Para a conclusão do furo são necessários 380 mil meticais, dos quais já foram arrecadados 182 mil meticais.

Uma fonte da escola esclareceu que a iniciativa de abrir o furo partiu dos pais e encarregados de educação e que nenhum aluno será impedido de assistir às aulas por não contribuir. “O valor acordado é de, no mínimo, 500 meticais, mas há casos em que as pessoas dão mais. Entendemos que, tratando-se de uma contribuição voluntária, não haverá qualquer medida de interdição para aqueles que não puderem contribuir”.

As facturas mensais de consumo de água no Instituto Comercial de Maputo custavam cerca de 100 mil meticais.