Pelo menos 52 pessoas foram mortas em dois bombardeamentos atribuídos a Israel contra um campo de refugiados na cidade de Gaza e nos seus arredores, de acordo com autoridades do enclave palestiniano controlado pelo grupo islamita Hamas.
Os ataques ocorreram no bairro de al-Tufa, dentro do campo de refugiados de al-Shati, onde um quarteirão inteiro foi completamente destruído, e também no bairro de al-Zaitun.
Pouco antes dos bombardeamentos, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram ter atacado “duas posições do Hamas” em Gaza, sem especificar mais detalhes, embora fontes de segurança israelitas tenham indicado que um dos alvos poderia ser Raad Saad, um destacado líder operacional do Hamas.
O bombardeamento no campo de refugiados ocorreu próximo a uma mesquita, resultando em esforços contínuos das equipas de salvamento para encontrar pessoas desaparecidas sob os escombros, conforme relatado pelo comunicado palestiniano publicado no jornal pró-Hamas Filastin.
Antes desses ataques, o balanço já alarmante dos palestinianos mortos pela ofensiva israelita nas últimas 24 horas era de pelo menos 101 mortos e 169 feridos, marcando um dos dias mais devastadores desde um ataque aéreo anterior que resultou em cerca de 280 mortes.
O conflito actual em Gaza foi desencadeado por um ataque do Hamas contra solo israelita em Outubro de 2023, provocando uma série de retaliações de Tel Aviv que, segundo autoridades palestinianas, já causaram mais de 37 mil mortos e 85 mil feridos na Faixa de Gaza.
O director do hospital de Kamal Adwan, no norte de Gaza, Hosam Abu Safiya, lamentou também o aumento no número de crianças mortas devido à subnutrição, destacando uma crise sanitária crescente que está a afectar gravemente a população infantil e ameaça se alastrar aos adultos na região.
