O homem de 86 anos que feriu duas pessoas num tiroteio num hospital de Toda, no Japão, e que se barricou num posto de correios na cidade vizinha de Warabi, onde fez, pelo menos, dois reféns, foi detido pelas autoridades, na terça-feira, ao fim de mais de oito horas de cerco.
Depois de ter ferido um médico na casa dos 40 anos e um doente com cerca de 60 anos, pelas 13h00, o idoso, identificado como Tsuneo Suzuki, fugiu de motociclo e barricou-se num posto de correios, pelas 14h15. Naquele local estavam, pelo menos, duas funcionárias, segundo avançou a agência NHK.
Contudo, o mesmo meio adiantou que, pelas 19h15, uma das trabalhadoras, com cerca de 20 anos, foi libertada, tendo ficado sob custódia policial. A jovem não terá sofrido ferimentos.
Mais tarde, uma funcionária na casa dos 30 anos conseguiu fugir do edifício, pelas 21h00. As autoridades que, até então, estavam a comunicar com o suspeito por telefone, aproveitaram para fazer uma ruga ao local, culminando com a detenção do idoso, pelas 22h20.
Imagens divulgadas pelos meios de comunicação japoneses e reproduzidas nas redes sociais mostram o homem à janela do posto de correios, munido com uma arma de fogo.
Devido à ameaça, as autoridades criaram um perímetro de segurança impedindo o acesso à área, incluindo a escolas. Em Toda, as 12 escolas primárias e seis escolas secundárias da cidade não permitiram que os jovens abandonassem o local até que a sua segurança fosse garantida. Pelas 16h30, os alunos foram escoltados por professores e mandados para casa em grupos.
Por seu turno, cerca de 300 crianças foram mantidas na escola mais próxima dos correios de Warabi mas, a partir das 17h30, foram transferidas de autocarro para um centro comunitário.
Entretanto, a polícia está, também, a investigar um incêndio num apartamento ali perto, por acreditar tratar-se da residência do suspeito. Não há registo de feridos, mas grande parte da cobertura do prédio ficou destruída.
De notar que tiroteios são extremamente raros no Japão, uma vez que o país tem regras rígidas sobre a posse de armas. Só é permitido que civis possuam armas de caça e de ar comprimido e, para adquirirem uma arma, têm de ser submetidos a exames e a testes de saúde mental.